"Meio zagueiro meio volante", Nilton dedica o gol à esposa Karen
O Vasco venceu o Grêmio Prudente por 2 a 1, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. O segundo gol foi marcado por Nilton. Embora se identifique mais como volante, o jogador disse, em entrevista à Super Rádio Brasil, que não se incomoda em jogar improvisado como zagueiro e dedica o gol da vitória à esposa, Karen:
\"Pode falar que sou meio volante e meio zagueiro. Quando o professor [PC Gusmão] perguntou se teria algum problema de eu estar jogando ali na zaga, eu falei que não teria problema nenhum. Então, vamos dizer que neste momento, eu sou meio volante e meio zagueiro neste exato momento com o PC. Mas podia me anunciar como volante, porque desde o ano passado eu, desde o ano passado, estou fazendo a função de volante. Eu gosto de estar sendo reconhecido como volante.\"
A quem o volante Nilton homenageou quando marcou o segundo gol, o da vitória?
\"À minha esposa. Ela está sempre comigo, é minha companheira, haja o que houver. Minha esposa é sensacional em todos os aspectos. Eu até fiz um comentário, acho que foi no começo do ano, que dependendo das minhas atuações, ela sempre grava o jogo e depois ela fala: \"Você pode melhorar nisso, nisso e nisso. As pessoas acham até engraçado, mas eu acho isso muito bom, a pessoa que você tanto admira, tanto ama, estar sempre do teu lado e estar sempre te ajudando, também. Nisso eu sou muito grato a ela, pela pessoa como ela é comigo, ela me acompanhar em todos os jogos. Em São Januário, não teve um que ela deixou de ir (risos). Ela sempre está comigo. Sempre que eu acabo fazendo um gol, eu acabo homenageando ela com o gol.\"
Como é a troca de idéias entre Nilton e Karen sobre o futebol do jogador?
\"Eu acho até engraçado. Eu falo que meu primeiro técnico é o PC Gusmão e depois é a minha esposa. Quando é para elogiar, ela elogia. Quando é para dar dura, para poder melhorar alguma coisa, ela fala. O importante é a sinceridade que a gente tem, a honestidade que a gente tem no nosso casamento. Isso acaba sendo muito bom para mim até dentro de campo. Toda vez que eu entro em campo, eu faço uma homenagem para ela, com tatuagem que eu tenho com o nome dela no meu braço. Na hora que eu faço um gol, eu beijando, também [a tatuagem]. O pessoal do Vasco até já conhece ela, o Rodrigo Caetano, todo mundo ali, e admira muito a minha esposa, devido a ela estar ali. Quando eu preciso melhorar, às vezes o pessoal fala: \"Poxa, Nilton, vou falar com a sua esposa para ela dar um puxão de orelha em você.\" (risos). Eu acabo levando na esportiva, na brincadeira. Isso é muito bom. Nesses momentos bons que estou tendo nesses jogos, acabo dedicando à minha esposa, porque a gente sabe o que a gente passou no começo do brasileiro, o que a gente chegou a disputar, a pressão que a gente acabou sofrendo dentro e fora de campo. Esse bom momento que estamos tendo agora, é bom, é gratificante, até para o nosso trabalho cada vez ficar melhor, trabalhar com mais tranqüilidade, mais sossego. Não tenha dúvida de que tudo isso que está acontecendo na minha vida, neste momento, sou muito grato à minha esposa.\"
Karen, sobre o bom momento e os elogios do marido:
\"O Nílton é esse menino, moleque travesso que todo mundo conhece. Às vezes um pouquinho esquentado. Da maneira que eu posso, eu tento ajudar a ele, eu gravo os jogos. A gente vê junto, o que que erra, o que que não erra. Ele diz, e parece que é sincero, que deve um pouquinho a mim essa sequência de jogos que ele vem jogando bem,. A gente tenta ajudar da maneira que pode. Eu tento ir, estar presente em todos os jogos. Quando eu não posso, estou assistindo sempre. O que puder fazer por ele e pelo clube, hoje eu sou Nilton Futebol Clube, a gente abraça de coração.\"
Karen torce por gols de Nilton para ser homenageada?
\"Nossos amigos em comum até falam: \"Nossa, que boca santa!\", porque teve uma vez que eu sonhei que ele ia fazer o gol. Falei pra ele: \"Amor, eu sonhei que você vai faze um gol.\". Ele foi e fez. Ontem, quando o Max ganhou o pênalti, eu falei: \"Não vou contar vitória antes, porque o goleiro pode pegar\". Quando o goleiro pegou, eu falei: \"Meu Deus, ele não vai fazer esse! Minha boca!\". Aí ele foi e bateu para o gol. Eu pensei: \"Meu Deus, acho melhor eu ficar quieta.\" (risos).\"
Karen ousaria falar algo sobre o clássico?
\"Meu coração vai estar pela boca, mas tem que ser espontâneo. Não posso falar o que eu vou falar na hora, porque tem que ser espontâneo. Mas pode ter certeza de que a gente vai sair de lá com, uma vitória, se Deus quiser. O time está muito bom. O Fluminense, também, não vamos tirar o mérito deles, também está bom demais. Mas a gente acredita, eu acredito no potencial do meu marido. Tem alguns outros jogadores que estão arrebentando dentro de campo. No que depender de fora de campo, para ajudar, para estar junto, sou sim, aquela esposa que acompanha, sim. Dizem que sou braba, que sou marrenta, que fico atrás. Fico, sim, porque só eu sei o que a gente passa. Se Deus quiser, vamos estar junto, vamos estar no Maracanã, pulando, torcendo e vibrando com a vitória.\"
Sobre o assédio a Nilton:
\"Ô, se acontece! Mas só que com o meu marido, não acontece, não, porque eu estou ali. Sou marcação cerrada. Comigo elas já sabem. Eu já o rótulo de brava, sou brava, mesmo. Comigo elas já sabem que não podem se meter, não, porque eu não deixo espaço. O Nílton, graças a Deus, também é um marido que não abre espaço. Não ligo que ele dê autógrafos, não ligo que ele tire foto, mas acho que cada um tem que se colocar no seu lugar.\"
- SuperVasco