Médico comenta situação de Rodrigo, Guiñazu e Edmilson
Quando Guiñazu avisou que sentia "dores do calcanhar à cabeça", na semana passada, poucos sabiam que a lesão que o acompanhou desde o fim do mês passado de fato era grave. O argentino sofreu uma fratura no pé direito no primeiro jogo da semifinal do Campeonato Carioca, contra o Fluminense, e não cogitou ficar fora da decisão contra o Flamengo. Segundo o médico Clóvis Munhoz, a previsão para o tratamento é até um mês. Mesmo caso do zagueiro Rodrigo, cujo exame realizado apontou um estiramento de grau 2 na coxa esquerda e o deixará fora de ação até meados de maio.
- É uma pequena lesão ossea, uma fissura que é o mesmo que a fratura. Guiñazu superou sem dores os testes que fizemos e felizmente conseguiu jogar com uma proteção especial. Foi algo que não trouxe prejuízo ao atleta. Vai ter que ficar afastado de três a quatro semanas - afirmou.
O nível de esforço do camisa 5 foi alvo de reverência do chefe do departamento médico cruz-maltino, que falou com a imprensa nesta terça, assim como do técnico Adilson Batista.
- Ele é absolutamente diferenciado nesse aspecto, não dá para negar. É um jogador resistente demais. Disse até que já havia acontecido isso em outro clube. Há poucos, mas já vi outros casos. Atleta que jogou com fratura de costela e foi jogar. Tem quem jogasse com fratura de nariz e sem mascara antigamente. Outros, não. Tem uma fissura no dedinho do pé e acha que está com a perna quebrada. Faz parte do futebol - relatou.
- Já conheço o Guiñazu de alguns carnavais e tinha certeza de que ele não ficaria fora de jogos decisivos. Ele ficou em repouso, sentia, via e tinha conhecimento de que ia jogar de qualqer jeito. Garra, vontade, profissionalismo... Apesar da experiência que tem, ele poderia ter um comportamento diferente e serve como exemplo para os mais jovens. Os valores se inverteram e deu demonstração de homem - enalteceu Adilson.
Já Edmílson está mesmo do duelo com o Resende, quarta-feira, pela Copa do Brasil, também deve ser desfalque na estreia da Série B, sábado, frente ao América-MG.
- Está assintomático, mas depende de uma transição, que vai começar a ser feita com a sequência do tratamento. Ainda fica com a fisioterapia no campo até quinta-feira. Mas há mais possibilidade de sim do que não dele jogar no sábado - revelou Munhoz.
Por fim, dois laterais completam o time do estaleiro. André Rocha reclamou de dores na parte posterior da coxa direita e, depois de ressonância, foi constatado um edema. É provável que seja relacionado pelo menos para o banco de reservas. Caso não atue, Diego Renan assume a lateral direita, e Marlon o substitui na esquerda, conforme o treino desta terça-feira. E o jovem Lorran sofreu uma entorse no tornozelo na partida de ida contra o Resende e ainda se recupera.
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