Futebol

Maxi López transformou o Vasco taticamente e vira esperança contra o Sport

Maxi López transformou o Vasco e obrigou o time a se reinventar. O argentino, na condição de referência na luta para se desvencilhar definitivamente da zona de rebaixamento, foi o responsável por mudanças relevantes na forma da equipe jogar neste Campeonato Brasileiro. Neste sábado, às 19h, contra o Sport, na Ilha do Retiro, o torcedor terá mais uma chance de perceber que Cruz-Maltino é este que o gringo e sua presença forjaram no meio da competição.

Uma característica relevante é a forma de buscar o ataque. A equipe de São Januário passou a cruzar mais bolas em direção à área com Maxi López. Isso é facilmente explicável. Ele é mais centroavante do que Riascos e Andrés Ríos, que também atuaram na posição, mas com uma característica maior movimentação

A verdade é que, com La Barbie, o jogo ficou mais centralizado na figura do homem de área. Se os lances se afunilam no gringo, alguém vai ser menos acionado. É o caso de Yago Pikachu. Mais recuado, o jogador finaliza menos quando Maxi López está em ação. Para se ter ideia, no clássico contra o Botafogo, mesmo com Rafael Galhardo à disposição, Alberto Valentim optou por escalar Pikachu na lateral direita, abrindo mão do artilheiro do time mais perto do gol.

Com as jogadas concentradas em Maxi López, a partida do Vasco ganhou mais posse. Isso porque uma das principais qualidades que o argentino tem mostrado na equipe é a capacidade de proteger a bola, deixá-la longe dos marcadores, e fazer o passe antes do desarme. Ele usa da boa técnica e do porte físico avantajado ao seu favor.

Efeito Maxi López no Vasco

Cobrança por bolas

No elenco, já ficou claro que a ordem é buscar o camisa 11. Maxi López é daquele atacante que reclama muito quando não recebe o passe de um companheiro. A cena do argentino gesticulando no gramado já virou rotina nas partidas do Vasco neste Brasileiro. Hoje, na Ilha do Retiro, ela deverá se repetir.

— Já vimos que, se a bola chegar, ele é um grande jogador — disse Werley: — Maxi fica na dele, calado. Às vezes brinca, mas é um cara mais fechado. Nos treinamentos, cobra todo mundo.

Além de fugir do rebaixamento, ainda existe o desejo de classificar o Vasco para a Sul-Americana de 2019. Para isso, vencer o Sport é fundamental. A equipe de Alberto Valentim chegou a Pernambuco disposta a vencer a primeira partida fora de casa.

— Se conseguirmos a segunda vitória seguida, será muito importante para nós. Vamos nos distanciar dos quatro últimos. E vai nos dar tranquilidade na reta final — salientou o treinador.

O desempenho do Vasco com Maxi López faz crer que o desfecho do time na temporada poderia ser bem mais glorioso caso o argentino estivesse em São Januário desde o começo do ano. Essa é a visão de Yago Pikachu.

— Por ser argentino, Maxi é um cara brigador, não tem bola perdida. É um cara que quer ajudar da melhor maneira. Pelos números que tem, se estivesse desde o início, não estaríamos nessa situação — afirmou.

Fonte: Extra Online