Max Verstappen explica torcida pelo Vasco
O semblante calmo e tranquilo de Max Verstappen contrasta com a atitude feroz e brutal que o piloto mostra nas pistas da Fórmula 1. Aos 26 anos, o holandês é dono de 57 vitórias e três títulos mundiais no topo do automobilismo mundial. Risonho e disposto a arriscar algumas palavras em português com sotaque carioca, o grande nome da RBR nos últimos anos falou com exclusividade ao ge sobre jovens pilotos do Brasil, comparações com Ayrton Senna e a torcida pelo Vasco da Gama.
Verstappen não esconde o carinho pelo Brasil. Em novembro de 2023, ele havia afirmado ter escolhido torcer pelo Vasco da Gama. Ao ge, ele explicou que a família da namorada, Kelly Piquet, foi responsável por levá-lo ao Cruzmaltino. O sogro, o também tricampeão mundial Nelson Piquet, sempre evidenciou a torcida pelo time carioca.
- Sim, eu recebi ela (a camisa do Vasco). É muito engraçado. Claro, a família Piquet é muito grande, e tem muita gente que ama futebol. A gente estava conversando... tinha gente que torcia para um time, e outros para outro time. Basicamente, em uma noite inventamos que eu tinha que torcer pro Vasco. Eu pensei: “Ok. Para mim está tudo bem". Eu vou torcer para eles agora, porque eu amo ver futebol do mundo todo. Eu falei disso e a coisa saiu de controle. As pessoas agora pensam que eu sou tipo um super fã do Vasco, mas não tem problema.
Mesmo não se dizendo um grande conhecedor do Vasco, Max sabe quem é Dimitri Payet, craque francês e camisa 10 do time carioca.
- Sim... ele veio do (Olympique de) Marseille. Ele é um jogador incrível. Com certeza ele faz muita diferença.
O convívio com os brasileiros da família da namorada não facilitou que Verstappen aprendesse a língua portuguesa. Ele ainda encontra muitas dificuldades com a mistura do idioma com o inglês. Ainda assim, surpreender com um sotaque carioca e mandou um "tamo junto" para os fãs brasileiros.
Para Max, está na hora do Brasil voltar a ter um piloto na Fórmula 1. O último brasileiro a participar de um GP foi Pietro Fittipaldi, que substituiu Romain Grosjean na Haas em duas etapas de 2020. Desde 2017, quando Felipe Massa estava na Williams, o país não tem um representante na F1 durante toda a temporada.
- Se você vir a paixão dos fãs, acho que com certeza o Brasil merece (ter um piloto na F1). Pilotos brasileiros tiveram uma história incrível no esporte.
Felipe Drugovich, de 23 anos, campeão da Fórmula 2 em 2022, e Gabriel Bortoleto, de 19 anos, que disputa a categoria em 2024 e faz parte do programa de desenvolvimento de pilotos da McLaren, são alguns dos candidatos para levar o Brasil de volta à F1. Próximo dos dois pilotos, Verstappen revela conversa com Bortoleto sobre uma possível promoção ao topo do automobilismo mundial, e diz acreditar que ele pode ser o próximo brasileiro no grid da categoria.
- Eles são caras incríveis, pilotos incríveis. Claro que eu gostaria de ver um deles chegar ao topo, mas esse é um esporte bem complicado. Você precisa ter um bocado de sorte na vida também. Ele (Bortoleto) é um cara ótimo, um moleque muito legal. Se ele continuar se saindo bem, eu vejo que há uma possibilidade de ele chegar lá. Mas também não quero pressioná-lo, especialmente porque ele já tem muita pressão do Brasil. Mas, se ele continuar trabalhando e continuar sendo quem ele é, ele tem uma boa oportunidade.
Os três títulos mundiais de Verstappen conquistados em 2020, 2021 e 2022 o colocam em um pelotão para poucos pilotos. Ao igualar a marca de Ayrton Senna, campeão em 1988, 1990 e 1991, as comparações com o ídolo brasileiro tornam-se inevitáveis, principalmente pelo estilo agressivo de pilotagem dos dois, mas Max prefere deixar a questão de lado.
- Eu sempre acho que é difícil comparar pilotos. Temos que admirar cada um do seu jeito. Cada um tem seu estilo de pilotagem particular. Ayrton tinha o dele. Claro, podemos admirá-los, admirar o estilo de algumas pessoas, como eles correm, como se defendem. Mas não podemos esquecer que cada área do esporte, os carros, são muito diferentes. Vamos dizer que Ayrton pilotava de uma maneira nos anos 80 e 90, se ele pilotasse hoje tenho certeza de que ele pilotaria de um jeito um pouco diferente, porque é preciso se adaptar à nova geração de carros.
A F1 retorna com o GP da China no Circuito Internacional de Xangai, em 21 de abril, válido como a 5ª etapa da temporada. Veja o calendário completo.
Fonte: geMais lidas
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