Futebol

Mauro Beting exalta história do Vasco e de seus personagens marcantes

Hoje é aniversário do Vasco. 118 anos. Ontem foi dia de ouro no futebol. Fim de 64 anos de fila desde a primeira disputa brasileira, em 1952. Dois anos depois do Maracanazo. Quando a base do Vasco foi vice do Mundial mais previamente conquistado, mais postumamente exumado. 

Brasil de Barbosa. Goleiraço do Expresso da Vitória vascaíno. Goleiro expressamente condenado pela vida pelo gol que não foi falha. 

Goleiro negro como Jaguaré. Primeira mão de obra qualificada brasileira que jogou fora do país. Negro como os campeões cariocas de 1923. Negro como o Vasco se negou a vestir a toga alva das elites que não queriam negros em campo mesmo pintados de branco. 

Vasco que faz festa depois da primeira grande farra intercontinental da Seleção no Maracanã. Vasco que faz festa no dia de apagar a velha chama olímpica na cidade maravilhosa como foi a Olimpíada. Como é a Olimpíada. Como é o Vasco neste domingo de festa. Como é o Vasco em mais uma segunda de inferno. Como é o vascaíno e qualquer torcedor que sofre no Maracanazo e vibra na vitória de ouro. 

Barbosa não merecia a perseguição eterna. O vascaíno não tem merecido a danação dos últimos anos. Mas tudo vira na vida. Naquela meta de Ghigghia a bola de Neymar entrou, a de Weverton, não. Três bolas foram no travessão. Os alemães não foram campeões. 

Tudo tem volta. O Vasco está voltando. 

Fonte: Blog do Mauro Beting