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Martín Benítez elogia Ramon: "É um técnico que se dedica muito"

O meia Martín Benítez fez seus dois primeiros jogos como titular do Vasco contra Macaé e Madureira. Mostrou coisas interessantes, como a constante movimentação, a predisposição a assumir as bolas paradas e os chutes de fora da área. Em contrapartida, o desentrosamento sobretudo com Talles Magno e alguns erros de passes indicaram que ainda está em adaptação.

Em papo com o Globoesporte.com, admitiu não estar 100% fisicamente, mas garantiu que o espaço de tempo entre a eliminação no Carioca e a retomada das competições nacionais, prevista para agosto, o ajudarão a ser mais ousado em campo. Promete ser "encarador" em campo, o que significa, em outras palavras, partir para cima.

- Agora com mais tempo que temos de trabalho e conforme eu for conhecendo meus companheiros, creio que nos próximos jogos vão ver um Martín Benítez mais solto, mais atrevido e encarador. Estarei tratando de dar assistências para os meus companheiros, de chegar ao gol e poder chutar de fora da área, que é o que mais me caracteriza. Então esse tempo que vamos ter agora vai ser muito importante para melhorar isso - afirmou o argentino de 26 anos.

Confira a entrevista na íntegra:

Qual foram seu pontos negativos nos primeiros dois jogos? E os positivos?

- Sobre as coisas negativas, acredito que tenho muito a melhorar física e tecnicamente. Não foram as minhas melhores atuações nessas duas partidas, mas creio que a parada também teve influência nisso. Depois de muito tempo estar parado, não pude compartilhar de muito tempo com meus companheiros. Por isso, a adaptação se tornou mais difícil para mim.

- Agora com mais tempo que temos de trabalho e conforme eu for conhecendo meus companheiros, creio que nos próximos jogos vão ver um Martín Benítez mais solto, mais atrevido e encarador. Estarei tratando de dar assistências para os meus companheiros, de chegar ao gol e poder chutar de fora da área, que é o que mais me caracteriza. Então esse tempo que vamos ter agora vai ser muito importante para melhorar isso.

- E sobre coisas positivas, eu levo muitas. Por serem meus dois primeiros jogos como titular, creio que foram bons. No último me senti bem melhor. Pude ter mais a bola, chutar de fora da área, bater os escanteios e mostrar um pouco do que posso dar ao Vasco. É dar assistências, chutar de fora da área, ajudar com a minha bola parada. Tratar de fazer gols de bola parada, o que é muito importante, ainda mais sabendo que no futebol profissional se vence nos detalhes, como na bola parada, e acredito que nisso eu posso ajudar o Vasco.

Você falou muito bem português em sua participação na Vasco TV. Está estudando a língua ou tem professor particular?

- Não estive estudando português, estive falando com meus companheiros. Na parada, contratei um personal, e em todos os dias falávamos. Com amigos que conheci aqui no Rio de Janeiro também. Ir falando me ajuda a me adaptar rapidamente ao idioma. Foi isso que me ajudou muito. Creio que agora no dia a dia dos companheiros, o idioma vai melhorar. E a cada dia vou aprendendo melhor o português.

O que achou do estilo de jogo do técnico Ramon Menezes?

- Muito bom. Gostei muito da ideia de Ramon, é um técnico que se dedica muito ao trabalho e ao dia a dia. O vejo como um técnico com muita fome, com uma ideia muito bonita que todos jogadores gostam, que é sair jogando. De manter uma equipe organizada, com cada um em sua posição e de também ter o controle do jogo sempre.


Mostramos isso nesses dois jogos. Creio que tivemos uma porcentagem de posse de bola relevante e nos defendemos com a bola, que é fundamental. Quanto mais tivermos a bola, o rival vai ter menos chances de fazer gol. É muito boa a ideia. Os jogadores gostam disso. Na hora de perder a bola, é pressionar e recuperar o mais rapidamente possível para seguir com o controle. É uma ideia muito bonita e, creio que com o tempo que teremos agora, vamos melhorar muito.

Estou muito agradecido ao Ramon e à comissão técnica dele pela confiança de eu poder estar entre os titulares. Estão me ajudando sempre para que eu possa entender rapidamente sua ideia de jogo e tratando de que eu os entenda na comunicação com a questão do idioma. Agradeço muito a eles, porque é muito importante para a minha adaptação. Estão fazendo um esforço muito grande por mim.

Se sente 100% fisicamente?

- Não me sinto 100% fisicamente porque esta parada de três meses complicou a todos. Estivemos treinando em casa, mas não é o mesmo que treinar com os companheiros. Para estar 100%, o jogador de futebol necessita de um pouco mais. Creio que o tempo que vamos ter vai nos ajudar a ficar 100%.​​​​​​​


Um jogador de alto nível precisa de tempo de trabalho para estar na melhor forma. É a primeira vez que paramos por tanto tempo. Creio que o tempo que vamos ter agora vai nos ajudar muito.

Vamos trabalhar mais com o professor, mais no campo e só pensando em melhorar. Aí vão ver o Vasco que todos desejamos, que tenha um bom jogo e que possamos transmitir em campo o que fazemos dia a dia nos treinamentos.

Em quais características acredita que melhoraram depois do isolamento? Física, técnica ou tática, por exemplo?

- Quando vem um técnico novo, a vontade e a expectativa do jogador se renovam. Quem não está jogando muito, começa a jogar. Quem não foi levado em conta pelo treinador anterior sabe que todos saem do zero, em condições iguais, e que em cada treinamento você tem de ir ganhando a posição.

No físico, estivemos treinando todos juntos recentemente, é diferente do que treinar em casa. Acredito que, mais do que nada, um jogador de Primeira Divisão, de alta intensidade, precisa de um tempo a mais de adaptação. Mas a verdade é que neste mês que passou a equipe entendeu tudo o que o treinador queria. O professor trabalhou muito bem com todo a comissão técnica e departamento médico de Vasco. Então há muitas coisas positivas que se pode tirar desse processo de um mês.

Fonte: (ge)