Marcelo Oliveira recomenda calma a Alecsandro
Se antes Alecsandro figurava em destaque na lista de artilheiros do Campeonato Brasileiro e até na da temporada, hoje o atacante do Vasco virou coadjuvante na disputa que tem Fred como favorito. Nos últimos 15 jogos, ele marcou apenas uma vez - contra a Portuguesa, em São Januário, no dia 1º de setembro. Estacionado nos nove gols, o camisa 9 vem minando a paciência dos torcedores, mas encontra apoio nos companheiros e no técnico, que nutrem a esperança de que ele ainda pode ser decisivo até o fim do Campeonato Brasileiro.
Acostumado à cobrança em sua época de jogador, Marcelo Oliveira pediu calma ao pupilo, indicando que a constante falta de chances nas partidas está mexendo com sua cabeça.
- O Alecsandro é um grande finalizador, todo mundo sabe, já provou isso ao longo dos anos. Ele não pode ter isso (jejum) como uma neurose. Às vezes, o atacante não está fazendo gol, mas abre espaço para quem vem de trás. Ele tem de dar uma relaxada, esperar, e daqui a pouco faz dois, três no mesmo jogo e retoma - minimizou o chefe, ex-meia-atacante de sucesso por Atlético-MG, Botafogo e seleção brasileira nas décadas de 70 e 80.
O Vasco vem criando pouco, tanto que é o lanterna no quesito finalizações na competição, com média de 9,6 por jogo. Isso prejudica Alecsandro, que, contra o Figueirense, até se movimentou mais, dando passes para gols desperdiçados por Wendel e Tenorio, por exemplo. Diante da Ponte Preta, em Campinas, uma bicicleta para fora foi o momento de mais brilho.
Com a lesão do equatoriano Tenorio, que só volta em no mínimo 20 dias, se faz mais necessária a presença de área do artilheiro do clube na temporada, com 25 gols. Eder Luis será o parceiro. Para Marcelo Oliveira, não há o que mudar em termos de posicionamento, mas as tabelas precisam acontecer com mais frequência para evitar o isolamento.
- Temos ele como um jogador importante para os jogos que seguem e buscamos a melhor posição. O importante é ter mais jogadores com ele na área, aproximamos mais o Eder, o Carlos Alberto. Eles estão com essa orientação. Jogamos com Juninho saindo, Wendel também tem liberdade de aparecer pelo lado esquerdo. É aproveitar bem as jogadas de fundo com Jonas e, principalmente, Feltri, e tirar da cabeça por um momento isso - reforçou o técnico.
Em junho, o começo arrasador de gols de Alecsandro foi comparado aos bons momentos de Romário, Edmundo e até do atual presidente, Roberto Dinamite, maior artilheiro da história do Vasco e do Brasileirão. Chegou a 0,7 por duelo e, hoje, amarga somente 0,35 - nove em 26. Calado ultimamente, até por conta da repercussão de sua declaração a respeito dos problemas extracampo do clube, o camisa 9 tenta se reeencontrar para dar a volta por cima.
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