Marcelo Oliveira inverte lado ofensivo forte do Vasco
Já foi o tempo em que o lado direito do Vasco era temido pelos adversários. Fagner foi vendido e Eder Luis, que não atravessa bom momento, vai ficar no banco de reservas contra o Figueirense, neste sábado, em São Januário. Agora sob o comando de Marcelo Oliveira, a saída é apostar na criação de outra arma, só que pelo flanco oposto. O treinador escalou Luan, zagueiro de origem, na lateral e avisou a Thiago Feltri que ele terá liberdade na esquerda.
A ideia é fazer com Felipe caia mais pelo setor no qual sempre se destacou do que fez no empate com a Ponte Preta, domingo passado, em Campinas. Além deles, Tenorio também costuma fazer suas jogadas pela ponta canhota, invertendo assim totalmente o costume de um time que perdurava desde 2010.
O camisa 2 cruz-maltino, revelado por Oliveira no Atlético-MG, em 2005, revelou as orientações do chefe, que o escalará pela primeira vez após a lesão de William Matheus. Os desfalques, aliás, causaram uma mudança geral, já que Jonas e Renato Silva estão suspensos, e Auremir, machucado. Fabrício também deve entrar na defesa, ao lado de Dedé.
- Estou preparado para atacar. Ele já me pediu no treinamento para apoiar muito porque o Luan, por ser zagueiro de origem, vai segurar um pouco, só vai na boa. Tenho que fazer as jogadas com o Wendel e com o Felipe, principalmente. A tendência é termos um lado esquerdo bem forte nessa partida - disse Feltri, que gostou das duas vezes em que Luan assumiu o posto na direita, no segundo tempo dos confrontos com Náutico e Palmeiras.
Com pouco tempo para treinar a formação, o jeito é se virar na base da conversa. Foi o que pediu o lateral, que fará seu segundo jogo em quatro meses e não espera moleza para se firmar.
- Temos que conversar muito lá atrás, sempre orientar um ao outro na questão do posicionamento, já que tem três jogadores entrando na equipe. Isso é o essencial para fazer uma partida segura lá atrás. Já conheço o Marcelo há muito tempo, fomos felizes no Atlético-MG. Eu tenho a confiança dele, mas, se não fizer boas partidas, não adianta nada.
Até Tenorio já se animou com a chance de se aproximar mais de Felipe. Eles jogaram juntos no Qatar durante três anos. Muito do conhecimento da cultura e do vocabulário carioca do irreverente equatoriano vem da relação entre os dois.
- Ele me conhece muito bem e eu o conheço também. É um cara importante para o time. Jogar do lado dele e do Juninho é muito bom. Sou um jogador forte e rápido e para mim é bom. Se a bola chegar direito no Felipe, vamos ter muitas opções. Eu, o Alecsandro lá na frente, os laterais na passagem\".
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