Futebol

Maracanãzinho vira estacionamento irregular na final

Mesmo fechado para reforma olímpica e sob responsabilidade do Rio 2016, o Maracanãzinho foi utilizado como estacionamento neste domingo, dia do segundo jogo da final do Campeonato Carioca entre Vasco e Botafogo. Torcedores que chegavam de carro no acesso pela Rua Eurico Rabello eram guiados por um flanelinha, e dois seguranças também ajudavam a organizar os veículos. O flanelinha, aliás, atuava duplamente, fazendo vezes de cambista e oferecendo ingressos. O valor cobrado pelas vagas era de R$10 para motos e R$ 20 para carros.

Procurado pela reportagem, o Jecrim (Juizado Especial Criminal) informou que somente a administração do estádio poderia responder sobre o fato. A concessionária que operava a arena entregou em março para o Rio 2016. O comitê, por sua vez, liberou o estádio para a Federação de Futebol do Rio (Ferj) realizar os dois jogos da final do Carioca. Mas o espaço em questão estava, de fato, sob responsabilidade da organização das Olimpíadas. Consultada, a assessoria do Rio 2016 disse somente que o "comitê verificou o fato e tomou as devidas providências", sem entrar em maiores detalhes.

O GloboEsporte.com apurou que os seguranças envolvidos foram demitidos, e um funcionário da empresa que realiza a reforma no Maracanãzinho, a Concrejato, também teria perdido o emprego. O dinheiro do estacionamento teria sido devolvido aos motoristas. Nenhuma dessas informações, porém, foi confirmada pelo Rio 2016.

Desde que o complexo do Maracanã foi entregue ao Rio 2016, o Maracanãzinho está fechado. Foram detectados problemas no teto e a realização de partidas da Liga Mundial de Vôlei e do NBB no local foi vetada. O custo estimado da obra é de R$ 34 milhões e até o momento não há prazo definido para a entrega.

Para a operação dos dois jogos da final, a Ferj recorreu a empresas que já eram utilizadas pela concessionária do Maracanã. Entre os serviços contratados estão os seguranças privados. Porém, o indivíduo que aparece na imagem (veja abaixo) seria contratado para a vigia da obra, sem participação na operação da partida.

Fonte: ge