Futebol

Maracanã: Rivais pedem extinção de ação do Vasco

Flamengo e Fluminense entraram em campo para conseguir a renovação do Termo de Permissão de Uso do Maracanã. Os dois clubes pediram para entrar como interessados no pedido de mandado de segurança dos vascaínos contra o Governo do Estado. O departamento jurídico do clube de São Januário pediu liminar contra a sétima renovação da cessão temporária à dupla rival, novamente sem chamamento público.

O atual Termo de Permissão de Uso a Flamengo e Fluminense, que entrou como interveniente anuente, termina nesta terça-feira. No fim da semana passada, a Justiça determinou que o Governo do Estado deveria se manifestar na ação até 14h desta segunda-feira. O que ainda não aconteceu.

Em 29 páginas, os advogados que representam Fla e Flu, autointitulados "os mais clubes cariocas de futebol" na peça, dizem que o Vasco quer "causar prejuízos e transtornos" à atual administração do Maracanã. Também alegam que o interesse do Vasco, como clube hoje com 70% do futebol sob domínio da 777 Partnes, é "potencializar retornos financeiros" aos investidores da SAF vascaína.

Entre outras alegações, o departamento jurídico dos clubes cariocas rebate os argumentos do Vasco e pede a exclusão do mandado de garantia pedido pelos vascaínos - que pediram na Justiça o impedimento de mais uma renovação com a dupla Fla-Flu sem a devida concorrênia pública a outro interessado.

"Em virtude do não preenchimento de pressuposto processual objetivo e da flagrante necessidade de dilação probatória, confia-se na extinção desse mandado de segurança, sem resolução de mérito", diz um trecho da ação de Flamengo e Fluminense.

Dupla alega falta de tempo para chamamento público

De acordo com a ação de Fla e Flu, o Termo de Permissão de Uso se aplica sob as condições atuais da licitação do Maracanã - interrompida, em outubro de 2022, por determinação do Tribunal de Contas do Estado, que levantou 14 impropriedades no edital do ano passado. Os dois clubes administram o estádio desde o final de 2019.

"Não é preciso gastar rios de tinta, portanto, para comprovar que não há tempo hábil para a realização dos trâmites necessários a qualquer concorrência, por mais simplificada que ela seja", defende a ação dos rubro-negros e tricolores.

Fonte: ge