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Mandarino fala sobre situação financeira do Vasco

Declarações do 2º vice-presidente geral e vice-presidente de futebol do Vasco José Hamilton Mandarino ao programa \"Só Dá Vasco\" desta 3ª-feira (10/03):

CBF AJUDAR O VASCO A CAPTAR RECURSOS
\"Não é propriamente isso. Isso é uma versão que eu não sei quem é que tratou de dá-la. Eu sempre censuro esse falatório meio desencontrado que, infelizmente, temos enfrentado no clube. Esse falatório deveria ser mais seletivo e responsável. O que na realidade existe é que a CBF é um ente dentro da cena do futebol, um ente importantíssimo, com quem temos de manter relações muito próximas, relações importantes de complementaridade das nossas necessidades. A CBF, evidentemente que tem, inequivocamente, um poder, uma ascendência sobre o futebol como um todo, que todos conhecem. O que na realidade acabou sendo divulgado foram, naturalmente, iniciativas, mas que são iniciativas de caráter constante que mantemos. Nós temos de ter uma relação saudável e de contribuição, de apoio com a CBF, o Clube dos 13, a Federação do Rio de Janeiro, com todos aqueles órgãos que, de alguma maneira, participam da cena do futebol, e que são instrumentos importantes da própria viabilização financeira nossa. Mas não que a CBF estivesse dirigida para esse ou aquele fim. O que procuramos discutir, e temos discutido bastante nesse sentido, principalmente com aqueles que têm a ver com as nossas receitas, é que nesse início de 2009 tivemos uma convergência, um acúmulo de aspectos relacionados às nossas finanças - aspectos negativos. Nós tivemos a queda para a Série B, a segunda divisão do futebol brasileiro, o que implicou em uma redução de determinado tipo de receita de televisão, na cota fixa de televisão. Nós tivemos e temos uma concentração de vencimentos de umas tantas operações envolvendo o Clube dos 13, exatamente no primeiro semestre de 2009. E tivemos também a questão relacionada à não concretização ainda do contrato de patrocínio da Eletrobrás. A isso se some um quadro negativo, de natureza internacional, com relação aos negócios de uma maneira geral, que evidentemente inibem hipótese de solução financeira. O acúmulo, somatório desses fatores negativos implicou em uma restrição financeira maior no clube, nesse início de 2009. A nossa preocupação na articulação com essas entidades é exatamente no sentido de buscar uma solução para esse problema de alta concentração no primeiro semestre. Eu acredito que seremos bem sucedidos. Estamos conseguindo dar um novo formato. Acho que com a concretização final do contrato com a Eletrobrás, a gente viabiliza definitivamente condições favoráveis para o orçamento de 2009.\"

NOVAS FONTES DE RECEITA
\"A gente tem de entender o seguinte. Eu não qualifico também a antecipação de recebíveis como nenhum pecado mortal. Absolutamente. Naturalmente, se houvesse uma situação que permitisse não se fazer esse tipo de operação, seria bem melhor, o ideal. Agora, acontece o seguinte. O que temos de fazer? Nós temos de, no curto prazo, superar essa escassez, essas necessidades financeiras mais agudas, projetando para a frente uma situação em que possamos ter um casamento melhor, mais adequado, entre receitas e despesas, fazendo com que paulatinamente dependamos menos do desconto de recebíveis, das operações de antecipação de recebíveis. Agora, como é que se faz isso? Melhorando, naturalmente, as fontes de receita do clube. Os patrocínios, aprimorando e ampliando outras fontes de receitas. É dessa maneira que vamos ter esse equilíbrio entre receitas e despesas. Mas, até lá, você tem de se valer necessariamente desses instrumentos.\"

ASSESSORIA DE IMPRENSA EVITAR EXCESSOS
\"Essa é uma preocupação. Nós precisamos, naturalmente, administrar uma certa incontinência verbal que temos enfrentado, até mesmo de companheiros mais próximos. Acho que precisamos falar de uma maneira mais qualificada, precisa. Acho que a má informação ou a informação desnecessária só traz turbulência, prejuízo para o clube.\"

Fonte: Netvasco