Mandarino confirma proposta oficial do Corinthians por Morais

José Hamilton Mandarino, segundo vice de futebol do Vasco confirma em entrevista à Rádio Brasil, que o Corinthians fez uma proposta oficial pelo meio-campo Morais.

Proposta oficial do Corinthians por Morais:

"Fui procurado pelos dirigentes do Corinthians para saber a respeito de uma proposição. O Morais é um menino que está há muitos anos, desde de, menino de 12 anos está no Vasco da Gama, é um jogador que o Tita, o novo técnico, valoriza bastante, naturalmente tem a intenção ainda de aproveitá-lo nesse Campeonato Brasileiro, mas o Corinthians naturalmente encaminhou uma proposta. E como tal, é uma proposta que nós temos que avaliar. Avaliar sobre o ponto de vista do interesse do clube, do interesse do clube nessa fase, nessa etapa táo difícil dentro do Brasileiro, e nós pretendemos, naturalmente eu já contactei o presidente Roberto Dinamite, falei hoje pela manhã com o vice-presidente Neca, do futebol, e naturalmente vamos analisar essa proposta, e vamos ver se é da nossa conveniência encaminhá-la, enfim, naturalmente qualquer proposição e ainda mais partindo do Corinthians que é uma agremiação, é um clube na qual nós mantemos os melhores relacionamentos, nós vamos considerá-la, e vamos analisá-la para ver se conseguimos abranger, abrigar, o interesse de todos."

Sobre o Vasco aceitar ceder Morais por empréstimo em troca de jogadores do Corinthians, ou somente recebendo algum tipo de compensação financeira:

"A proposta encaminhada, seria no sentido de haver de empréstimo, de ter a reciprocidade de ter o empréstimo de jogadores hoje no plantel do Corinthians. Naturalmente nos foram apresentadas algumas alternativas, que nós teremos que analisá-las com tranqüilidade, teremos de ver a questão do Morais como jogador importante do Vasco, como é, e naturalmente o valor em si, o interesse sobre esses nomes que foram naturalmente identificados, selecionados pelo Corinthians. E na medida que se harmonize ao interesse de todos, encaminharmos, senão, deixamos para uma próxima."

Receber jogadores que estão encostados em um time de segunda divisão:

"A pergunta tem todo cabimento, mas naturalmente, são jogadores, pelo que me parece, como o Lulinha, que é um jogador extremamente promissor, um jogador que apareceu muito bem nas categorias de base, e outros tantos que eu diria, como observador, torcedor do futebol, eu não consegui muito bem identificá-los."

Nesse momento o repórter Wilson Pimentel interrompe Mandarino para citar alguns jogadores que estão encostados pelo Corinthians: Lima, atacante, ex-Botafogo e Atlético-PR, Perdigão, meio-campo, liberado pela ex-diretoria vascaína, Alessandro, ex-Flamengo, Cruzeiro, Santos:

"você não pode dizer um peremptório não. Recebemos a proposta, e naturalmente vamos analisá-la. Vamos ver nós encontramos justificativas suficientes para que essa negociação prospere. Agora, partindo sempre do seguinte aspecto: a primeira pergunta a ser respondida é se o Vasco admitiria liberar o jogador ou não. Isso aí vai depender não apenas da opinião do presidente, dos dirigentes, especialmente do próprio técnico, para depois fazermos a seguinte indagação: se realmente esta troca iria nos convir ou não. Seria da nossa conveniência ou não."

Preocupação dos torcedores com o rebaixamento para a Série B:

"Evidentemente que a campanha do Vasco ela não foi boa desde o início do Campeonato Brasileiro. O Vasco veio, enfim, se apresentando em algumas vezes, muito bem, mas alternando boas e más atuações. Evidentemente que quando isso acontece, evidencia exatamente uma instabilidade grande de todo o plantel. Evidentemente que num plantel composto por garotos muito promissores, mas de muita pouca idade, isso aí é uma coisa que acontece com freqüência. Nós temos pela frente, o segundo turno. E conseqüentemente, tempo suficiente para nos recuperarmos, e nos realinharmos dentro do Campeonato Brasileiro. É o que todos esperamos. Estamos atentos à isso, naturalmente uma série de discussões dentro desse problema vâo acontecer, vamos ouvir a opinião do técnico Tita, o próprio vice-presidente de futebol, me falava hoje pela manhã, que esteve longamente reunido ontem a noite com o novo técnico, traçando naturalmente algumas alternativas, de modo que nós possamos aí, como sempre fizemos, afinal de contas isso faz parte da tradição do Vasco, superando, e vamos superar essas dificuldades, e sem dúvida alguma vamos novamente nos apresentar bem diante da torcida e não frustrar essa expectativa, dessa imensa multidão, desse número extarodinário de torcedores, de apaixonados pelo Vasco, que esperam dessa nova administração, novos tempos, tempos de liberdade, tempos de luta, tempos de vitórias."

Enfrentar os momentos de dificuldades para estrear na Copa Sul-Americana contra o Palmeiras:

"Evidentemente que a gente preferiria tem uma situação que nós pudéssemos respirar um pouco mais. Mas infelizmente as exigências são sucessivas. De domingo para quarta-feira, o tempo é muito curto, para nós apresentarmos qualquer situação nova, qualquer situação que possa nos revelar, um Vasco mais combativo, um Vasco com uma condição de enfrentamento maior. O que nós podemos crer, é que pelo próprio fator campo, já que na medida que o jogo será em São Januário, e pela própria presença e trabalho que a nova comissão (técnica) vem realizando, nós já possamos ter alguns sintomas, alguns indicadores, mais favoráveis pra nós. Agora, o que nós precisamos, é ter um diagnóstico correto, da situação presente, e tomarmos as iniciativas que cabem. Ou seja, no sentido de promover os ajustamentos necessários, de promover, eu diria, uma recuperação da auto-estima da equipe, porque eu acho que o fator psicológico ele vem influenciado sobre modo também, o que eu acho que isso aí é uma visão que todos tem... ontem mesmo no jogo contra o Vitória, isso foi evidente, havia um certo equilíbrio no jogo, ou pelo menos uma certa, eu diria, uma certa agressividade da equipe, que com o primeiro gol, que foi um gol quase que casual, e logo em seguida o segundo, a equipe se abateu demasiadamente... então é necessário, e eu acho que a presença do técnico, a presença de um técnico que veja bem, tem um histórico de verdadeiro guerreiro, um técnico que tem uma enorme identificação com o clube, um técnico vencedor como jogador de futebol e que esperamos, eu diria, decisivamente que ele venha a mostrar isso também como técnico. Eu acho que isso tudo pode contribuir para que esse abatimento seja substituído sim por um aguerrimento maior, um poder de luta maior, uma solidariedade maior, um espírito de coletividade maior pelo time. E é isso que nós estamos esperando, no curto prazo. Esse curtíssimo prazo. Mas evidentemente que precisamos fazer com que essas iniciativas produzam efeitos necessários para que nós tenhamos condição de ter um desempenho muito maior no segundo turno do Brasileiro."