Mandarino: "Cheguei ao meu limite"
Com o pedido de desligamento feito em carta pelo agora ex-vice-presidente de futebol, José Hamilton Mandarino, o presidente Roberto Dinamite concluiu o afastamento de dois nomes que formaram a chapa que venceu com ele as eleição histórica [Nota do SuperVasco: As eleições históricas ou a eleição histórica] de 2008. Luso Soares, ex-vice-geral, saiu ainda no primeiro mandato, enquanto Mandarino, segundo vice na chapa de Dinamite, já não concordava com a condução do futebol desde janeiro.
O principal ponto de divergência foi a saída de Rodrigo Caetano. O atual diretor executivo do Fluminense queria assumir também o controle sobre as categorias de base, que Roberto só cedeu há pouco tempo, mas para Antonio Peralta. Para completar, Caetano foi substituído por um assessor parlamentar de Roberto, o diretor de futebol do clube Daniel Freitas. Mandarino nunca digeriu essa derrota na \"queda de braço\" do fim de 2011.
Mandarino confidenciou a amigos que, além dos problemas no futebol, não concordava com medidas que não eram de sua pasta. Ele relatou reuniões de diretoria em que havia conclusões quanto ao encerramento de contratos antigos no clube, mas que dias depois eram renovados.
- Cheguei ao meu limite. Isso tudo já estava me fazendo mal - contou Mandarino para alguns interlocutores.
Um nome que ganha força é do vice-presidente geral do segundo mandato de Roberto, Antonio Peralta. Responsável pela reformulação na base, o dirigente teria indicado que não gostaria de assumir a vice-presidência de futebol neste momento, mas conversaria com Dinamite.
No início do seu mandato, o próprio presidente acumulou a função, o que pode se repetir. Mandarino estava no cargo desde janeiro de 2009 - quando Rodrigo Caetano assumiu a direção do futebol. Antes, o vice era Manoel Fontes (Neca). Nos últimos tempos, ele era criticado internamente pela ausência no clube e pela passividade com que via as baixas no elenco.