Mais três meses de Dinamite? Decisão judicial pode sair nesta sexta
Eleito em 2011, o mandato de Roberto Dinamite se encerraria na última segunda-feira. Mas a administração do presidente do Vasco ganhou uma sobrevida de três meses - até as eleições de novembro. Nos dois casos, a prorrogação e no adiamento do pleito, a Justiça interveio no tumultuado processo eleitoral de São Januário. Para esta sexta-feira é aguardada mais uma determinação que pode mudar tudo no clube. O desembargador Camilo Rulieré, da 1ª Câmara Cível, deve publicar até o fim do dia uma decisão com a manutenção da liminar expedida no fim de semana por um colega de magistrado ou derrubar a última ação e encerrar a era Dinamite.
Advogados, apoiadores e departamentos jurídicos do clube e das chapas inscritas nas eleições vascaínas aguardam com ansiedade a nova decisão judicial. A diretoria do Vasco confia em nova vitória na Justiça. Em São Januário, Dinamite e vice-presidentes comemoraram os 116 anos do clube sem grande preocupação. Do outro lado, os grupos de Eurico Miranda e Roberto Monteiro não veem outra decisão que não seja a interrupção do mandato do atual presidente - o que provocaria a chegada de uma diretoria de transição, formada por Silvio Godói e Eduardo Rebuzzi, indicados por Eurico, mais Jorge Luis Morais e Alcides Martins, de Roberto Monteiro.
No último sábado, no plantão do judiciário, o sócio Leonardo Gonçalves, da chapa “Sempre Vasco”, conseguiu derrubar a Junta e devolver a caneta para Dinamite, que deixaria o clube na segunda-feira. Em seguida, ações do grupo de Eurico e Monteiro - que entrou como terceiro interessado nos processos - colocaram recursos que só chegaram ao desembargador Camilo Rulière nessa quinta-feira. A expectativa é de que até o fim do dia haja uma nova decisão - embora o desembargador não precise obedecer a nenhum prazo, o que quer dizer que a decisão pode sair até na semana que vem.
As eleições do Vasco foram marcadas inicialmente para o dia 6 de agosto após quatro reuniões da Junta Deliberativa. Mas depois disso, o agora ex-presidente da Assembleia Geral Olavo Monteiro de Carvalho decidiu pelo adiamento do pleito com três justificativas: a reabertura dos prazos para impugnações obtida pelo candidato Nelson Rocha; a investigação em curso da 17ª Delegacia de Polícia e do Ministério Público; e pela readequação da data prevista no estatuto do clube. O grupo de Eurico, porém, conseguiu decisão para devolver o pleito para agosto.
No contra-ataque, nova movimentação adiou para 11 de novembro as eleições. Com a vacância no poder, o presidente do Conselho Deliberativo estendeu os mandatos até os vascaínos irem às urnas. Em reunião, a maioria dos conselheiros impediu a prorrogação dos mandatos e determinou uma diretoria de transição no clube. No último fim de semana, porém, uma liminar garantiu a devolução dos poderes eleitos em 2011 - incluindo Dinamite.