Futebol

Mãe de Thalles celebra superação do atacante

De terça a sábado, pela manhã, dona Guiomar sai de casa para trabalhar como manicure. Antes, prepara o suco para Thalles não cair na tentação do refrigerante. É assim, com marcação cerrada na dieta, que a mãe tenta ajudar o atacante e, consequentemente, o Vasco. Neste sábado, às 18h30m, contra o Bonsucesso, ele será titular na última partida pela primeira fase do Campeonato Estadual. 

A oportunidade, possível graças à lesão muscular sofrida por Riascos, será a primeira em um início de jogo, desde julho do ano passado. De lá para cá, o atacante saiu dos trilhos, ganhou peso e críticas, mas hoje tenta mostrar que merece de volta o status de 2014, quando era considerado uma promessa do futebol brasileiro. Em 2016, sempre como reserva, entrou em cinco partidas e marcou dois gols. 

- Estou muito satisfeita, ele tem entrado bem, conseguiu emagrecer um pouco e espero que emagreça ainda mais. Ano passado, ele não foi muito bem, mas tenho fé de que este ano ele vai mostrar o futebol dele - afirmou dona Guiomar. 

A manicure, mãe também de uma filha, revela que o fraco do caçula, de 20 anos, não são as besteiras típicas do cardápio dos jovens, como hambúrgueres e cachorros-quentes. Thalles é bom de garfo, come muita comida. Ajudou também no ganho de peso em 2015 a vida um tanto quanto desregrada fora dos gramados, com incursões em noitadas por São Gonçalo, município onde a família morava antes da mudança para a Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Para completar o ano difícil, o jogador perdeu o avô, seu Edivaldo, há quatro meses. 

- Quando houve aquele episódio em que o Jorginho reclamou dele, nós conversamos. Perdi meu pai e isso mexeu com ele, com a família toda. Meu pai ajudou muito no começo da carreira do Thalles. 

Por enquanto, 2016 tem sido diferente. Os elogios ao comprometimento do jogador têm se repetido em São Januário, tanto por parte do técnico quanto de companheiros mais experientes. A responsabilidade também aumentou, com o nascimento da segunda filha, Emily, de quatro meses. Thaylon tem um ano. Para dona Guiomar, a hora do filho brilhar é agora: 

- Tenho certeza de que ele fará um bom jogo. Vai fazer um, dois, três gols. Quanto mais melhor. 

Fonte: Extra Online