Mãe de Chulapa "sente" o gol da vitória
Coração de mãe não se engana. E lá de Atalaia, interior de Maceió, Dona Maria das Graças, faz uma previsão otimista: Pode escrever. O meu filho vai fazer um gol na sua estreia pelo Vasco. Quer saber porque eu tenho tanta certeza? Porque o Luisinho é abençoado por Nossa Senhora de Aparecida e pela Virgem Maria, garante a fervorosa alagoana.
Dona Maria, 57 anos, é a mãe do atacante Aloísio Chulapa, a quem chama carinhosamente de Luisinho. Fã número 1 do jogador, ela diz que o filho é o alicerce da sua vida. É Deus no céu e ele na terra. Meu menino cuida da gente com um carinho que vocês não têm noção. Eu rezo muito por ele, conta.
Amanhã, quando entrar em campo contra o Campinense, Aloísio estará protegido por uma oração toda especial. Antes do jogo vou me ajoelhar, me concentrar e orar muito, não só para ele, mas por todo o time vascaíno. Se o Vasco for bem, o meu filho também estará feliz e tudo que quero neste mundo é a felicidade dele.
Dona Maria das Graças chega a se emocionar ao comentar que rezará muito antes, durante e depois do jogo para que o filhão tenha muito sucesso. É uma reza muito forte. Me apego muito à religião para conseguir as graças e não me arrependo. Até hoje tenho conseguido tudo que peço, principalmente para o Luisinho, que anda por este mundão de meu Deus.
Mãe de sete filhos, ela se desdobra para cuidar da casa e do Centro Recreativo Aloísio Chulapa, que abriga 75 crianças, mantido pelo jogador com o dinheiro ganho no futebol. Eu tenho esta criançada como filhos legítimos. Morro de amores por cada um um deles, alegrou-se.
Orgulhosa, ela lembra que o seu menino pode ser considerado um exemplo de solidariedade. Ele oferece três refeições por dia, banho, escola e muito esporte. Mantemos a criançada ocupada com estudos e procuramos formar cidadães. Temos até uma hortinha que a meninada trata com maior cuidado. Elas comem muito bem e são tratadas com amor.
O irmão do artilheiro, Laerson Mauzão recorda que na adolescência ele, Aloísio e o amigo Rubens Silva, várias vezes foram barrados na porta de Centro Recreativo, que se chamava ABB. A gente tinha que pular o muro de dois metros para entrar. Mas não adiantava. O segurança nos mandava sair. Aloísio dizia que um dia compraria o clube e comprou, vibra Mauzão.
- SuperVasco