Madson quer ter seu valor reconhecido

Rio - O sobrenome dele é Caridade, mas Mádson não quer nenhuma esmola do Vasco. Ganhando R$ 5 mil mensais, a ‘jóia rara’ de São Januário espera apenas ter seu valor ainda mais reconhecido pela diretoria do clube.

A ‘janela’ de transferências internacionais de jogadores, que só termina segunda-feira, não chega a tirar o sono do técnico Tita e dos dirigentes do Vasco. Ao contrário dos três rivais do Rio, o limitado elenco cruzmaltino está longe de ser alvo da cobiça dos clubes do exterior. Mas os dirigentes da Colina podem cometer a proeza de ‘perderem’ para eles mesmos.

Xodó da torcida do Vasco, Mádson pode deixar o clube a qualquer momento, já que a diretoria ainda não exerceu, por escrito, a opção antecipada de renovação de contrato do apoiador, que vai terminar em dezembro.

De acordo com a legislação, faltando seis meses para o fim do contrato, o jogador pode se transferir de clube. O pequeno Mádson sabe de sua importância para o técnico Tita, mas prefere não ser olho-grande.

“Sei que estou atravessando uma grande fase na carreira, mas deixo essa questão a cargo do meu empresário”, disse Mádson, negando ter qualquer proposta para deixar o clube agora.

Mádson Formagini Caridade, 22 anos, ainda não realizou um sonho: conquistar seu primeiro título pelo Vasco. Natural de Volta Redonda, o baixinho de 1,60m lembra que o único que ele conquistou, desde que se tornou profissional, foi a Taça Guanabara de 2005, mas pelo Voltaço.

O apoiador não é o único que pode deixar o clube a qualquer momento. A falta da opção de renovação, que daria ao Vasco proteção legal para manter seus jogadores, também deixa livres para voar Leandro Amaral, Jonílson, Jean, Eduardo Luiz, Jorge Luiz, Edu, Rodrigo Antônio, Wagner Diniz e o goleiro Roberto, na mesma situação: têm contrato até o fim do ano e ainda não assinaram esse termo de compromisso com o clube.

O presidente Roberto Dinamite assegura que não está dormindo no ponto e pretende manter todos os jogadores em São Januário.