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Mádson: "É um orgulho vestir a camisa do Vasco para esta torcida maravilhosa

No maior estádio do mundo, o pequeno Madson, menos de 1,60m, ficou de joelhos no meio-campo e agradeceu aos céus. Durante o jogo, ele foi um maestro com os pés, dos quais saíram a jogada para o gol de Wagner Diniz, e com as mãos, regendo a torcida com uma batuta imaginária. Cada lágrima de alívio derramada pelo gigante virou um sorriso no rosto dos integrantes da comissão técnica do Vasco, que acreditaram no milagre e deixaram o estádio beijando um santinho em papel.

— É um orgulho vestir a camisa do Vasco para esta torcida maravilhosa. Eles têm que comemorar, porque foi sofrido mesmo — disse Madson.

Ao fim do jogo, os torcedores cantaram e seguiram as orientações do maestro. Alguns davam até cambalhotas.

O time sequer saiu da zona de rebaixamento, mas a vitória sobre o Fluminense foi comemorada como um título.

— Soubemos suportar a pressão e conseguimos os três pontos. Mas nada acabou — declarou Madson Time quebra jejum de mais de um ano em clássicos De fato, ainda é cedo para dizer que o Vasco está livre da queda. Pelo menos, o time superou uma marca incômoda: há mais de um ano não vencia um clássico.

— Esta vitória foi importante para ganharmos confiança para os próximos jogos — afirmou o presidente do clube, Roberto Dinamite.

Para provar que está mesmo em ascensão, o Vasco tem que confirmar o bom momento contra Santos, sábado, em São Januário, diante de uma torcida que voltou a acreditar.

— Eles acreditaram o tempo todo. E nós nunca duvidamos da nossa equipe — disse o autor do gol, Wagner Diniz.

Apesar de ser o herói do jogo, Wagner Diniz não tem presença confirmada na próxima rodada. Ele estava na reserva de Baiano e voltou ontem ao time.

— Não gosto de antecipar quem vai jogar. Posso dizer que aqueles que entram estão correndo muito — declarou o técnico Renato Gaúcho.

O treinador ainda espera a liberação de Leandro Amaral pelo Departamento Médico.

Ele também não quis dizer se Edmundo volta ao time.

— Sempre houve vida sem Leandro Amaral e Edmundo e sempre haverá, porque ninguém é insubstituível. Eles são importantes e gosto de contar com eles, mas eu tenho um grupo — declarou.

Abraçado por todos os jogadores tricolores em campo, e por funcionários e membros da comissão técnica do Fluminense nos bastidores do estádio, Renato Gaúcho parecia ter vencido a partida para o adversário, time do qual foi demitido este ano.

— Tenho amigos no clube e fico triste pelo Fluminense e estou torcendo para que escape do rebaixamento logo, assim como o Vasco.

Fonte: O Globo