Luxemburgo fala sobre projeção, Gabriel Pec, Léo Matos e parte psicológica
Por conta de um problema técnico, Vanderlei Luxemburgo respondeu apenas duas perguntas após a derrota no clássico contra o Flamengo. Em uma delas, causou mal-estar entre os torcedores ao dizer que jogo contra rival “você descartada“ pois o adversário está “em outro patamar”. Nesta sexta, o treinador deu continuidade à entrevista e explicou sua declaração. Luxa abriu com um pronunciamento.
- A grandeza do Vasco é igual à do Flamengo. Essa camisa pesa demais. Tem grandes conquistas, como o Flamengo. O que eu quis dizer é que nesse jogo, a rivalidade já está no contexto. O que eu quis dizer é que o patamar que o Flamengo está é outro. Estão brigando pelo título e nós contra o rebaixamento. Momentaneamente o Flamengo está em um nível superior, mas isso não denigre a história do Vasco. São duas coisas diferentes.
- A grandeza do Vasco ninguém vai tirar. Você pode entrar num jogo como o de ontem e ganhar. Igualamos no segundo tempo e fomos para o pau. O Vasco não pode se sentir menor que o Flamengo nunca. O que cabe a nós é manter o Vasco na primeira divisão e buscar o Vasco que nós conhecemos, que é grandioso, que se sente orgulho de vestir a camisa. Esse nós queremos resgatar.
Luxemburgo afirmou também que pretende fazer as entrevistas coletivas pós-jogo no dia seguinte às partidas. Para ele, é possível se analisar melhor as partidas desta forma.
- Eu acho que uma entrevista pós-jogo é muito complexa, pois está de sangue quente e muitas coisas podem ser faladas. No dia seguinte dá para você analisar muitas coisas que perceberam o jogo com mais calma. Acho que é uma coisa que solicitaremos à comunicação do Vasco para fazermos no dia seguinte.
Outros trechos
Projeção
- Estamos fora da zona. Se terminasse o campeonato hoje, o Vasco não cairia. Toda análise precoce inexiste. Se terminasse hoje, a proposta seria concretizada. Não dá para dizer como vai estar daqui a quatro rodadas. Estamos jogando o nosso campeonato e acho que estamos jogando bem. Algumas coisas de tabela têm acontecido que favorecem o nosso time. Se você termina hoje, o Vasco se manteria. Não estamos na zona de rebaixamento, temos jogos decisivos, e ninguém diz que o Vasco vai cair. Quero ver alguém dizer: "O Vasco vai cair". Acho que há três ou quatro candidatos lutando por uma vaga.
Pec
- Imagina se na sua primeira entrevista você gagueja bastante e não lhe dou outras oportunidades. Claro que ele vai ter outras. Não adianta queimar o Talles e agora precipitar o Pec. O Talles, o Pec e o Juninho vão ter oportunidades. A gente não consegue resolver de uma vez só. Pec mostrou que é talentoso, mas está distante de ser a solução, ainda mais no momento complicado que o clube vive. A gente procura afastar isso e preservar esses meninos, que são patrimônio do clube.
Parte psicológica
- A Maíra aqui trabalha todos os dias com os jogadores, conversando com eles, abordando os temas mais complexa, tentando neutralizar a parte externa. Para que essa parte externa. Se você for na rede social, é porradaria para tudo quanto é lado. Se você ficar com isso na mente, você não consegue jogar. Ontem mesmo já abordamos que o jogo ficou para trás. Só vinha hoje porque ontem teve problema de ordem técnica. A partir de agora vamos falar só no pós-jogo, porque é muito melhor falar com tranquilidade.
Cartões de Léo Matos
- Se eu pudesse pedir tempo no futebol, ele não tomava o cartão, não tem tempo técnico (risos). Jogador forte, voluntarioso e tem cometido algumas faltas desnecessárias. Gritei naquela hora. O jogador tá de costas, e eles fazem faltas desnecessárias. É só jogá-los mais para a dificuldade. Tenho conversado bastante com ele por conta da força excessiva dentro do jogo. Ele jogou na Europa por muito tempo, jogou na Rússia, onde o couro come. Ele está com a Rússia no corpo ontem. Apesar de o Claus deixar o jogo correr, ele deixa a jogada seguir.
Acho o Claus o melhor juiz, mas acho que estão se equivocando de ver jogo diferente. Não adianta querer deixar o jogo correr. Claus e Wilton são meus amigos. São críticas construtivas. Jogo do árbitro é apitar o jogo que existe, não apitar o jogo que ele acha que existe. Faltinha ou faltona, porrada ou porradão existem para eles coibirem. São os melhores árbitros, mas outros estão seguindo essa linha de deixar o jogo o seguir. Faltas sequenciais, trocando jogadores para fazer faltas, são cinco ou seis faltas seguidas. Ele tem que dar o cartão amarelo, ele pode proibir e não deixar seguir. Se ele der o amarelo para o camarada, duvido que ele vá fazer outra de novo
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