Futebol

Luiz Américo: "Quem tem razão está sempre otimista"

Ocorre nesta terça-feira o julgamento do “caso Jéferson”, que define o destino do Vasco na Taça Guanabara. Caso seja absolvido, o Gigante da Colina recupera os seis pontos e se classifica para as semifinais da competição como líder do Grupo A, enfrentando, consequentemente, o Botafogo. Caso contrário, o time fica de fora da disputa pelo primeiro turno do Campeonato Carioca.

Sobre o assunto, o assessor jurídico do clube, Luiz Américo, contou em entrevista, que está otimista em relação à decisão que será tomada, seguindo a linha do ditado “quem não deve, não teme”.

“Quem tem razão está sempre otimista. O jogador estava regularizado no BIRA [Boletim Informativo de Registro de Atletas] e tinha condições de jogo”, disse.

Luiz Américo explicou também a situação e tudo o que gerou o imbróglio que culminou com a perda de seis pontos do Vasco na competição e uma multa de R$ 5 mil. Ele garante que todas as medidas que tinham de ser tomadas para colocar o meia Jéferson em campo contra o Americano foram tomadas.

“A ação contra o Jéferson foi movida pelo Tribunal de Brasília, por isso o mandado de segurança teve de ser enviado para lá. Eles [do Tribunal] alegam que receberam, mas só foram verificar na segunda. Quem disse isso foi a FERJ [Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro]. Mas isso não procede, porque o fax da emergência fica no automático. Antes da partida, entregamos uma cópia [do mandado de segurança] para o delegado do jogo. O delegado representa o presidente da federação. Essa é a função dele”, contou.

Questionado sobre qual será a estratégia para convencer os auditores do Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio (TJD/RJ), o assessor jurídico preferiu despistar, não revelando os argumentos que vão ser usados nesta terça-feira.

“A estratégia para amanhã é uma surpresa”, escondeu.


Declaração de Rubens Lopes

Em entrevista a Rádio Tupi na última sexta-feira, Rubens Lopes, presidente da FERJ, diz que Jéferson foi inscrito normalmente na Federação, consequentemente, tendo condições de jogo. A lembrança foi feita pelo próprio Luiz Américo.

“Caso o Vasco da Gama consiga reverter essa decisão, ele automaticamente readquire a sua condição de jogo, porque ele foi inscrito dentro do prazo, ele foi registrado normalmente. Se vocês verificarem o boletim da Federação, está lá, o texto diz: efeitos do contrato suspensos, enquanto perdurar a vigência da decisão, ou seja, a partir do momento que essa vigência deixar de existir, eu acredito que ele automaticamente readquire a sua condição de jogo”, disse Rubens Lopes.


Esclarecendo o caso

O Vasco foi denunciado no artigo 214 (incluir na equipe ou fazer constar da súmula ou documento equivalente, atleta que não tenha condição legal de participar de partida, prova ou equivalente) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), cuja pena prevista é a perda do dobro do número de pontos previstos no regulamento da competição para o caso de vitória e multa de R$ 1mil a R$ 10mil.

O clube conseguiu uma liminar suspendendo o mandado de segurança obtido pelo Brasiliense que cancelou o contrato do jogador. O clube, então, enviou um fax para a Federação no próprio dia do jogo contra o Americano, 24 de janeiro, por volta das 16h, mas, como não havia expediente, o documento não foi recebido e o nome do atleta permaneceu sob pendência no BIRA na hora da partida. Por isso, o Procurador optou por fazer a denúncia.

Jéferson havia sido registrado pelo Vasco para a disputa da competição. Porém, o Brasiliense - clube do qual se desligou em 2005 alegando o não depósito do fundo de garantia - conseguiu um mandado de segurança cancelando o seu contrato com o Gigante da Colina. O Vasco, então, conseguiu uma liminar no dia 23 de janeiro e reativou o vínculo com o jogador contratado.

Fonte: iG Esportes