Clube

Luis Fernandes critica Campello e revela critério para recusa de associados

Após a decisão do Conselho Deliberativo do Vasco reduzindo o valor da taxa de adesão, incentivei inúmeros amigos professores universitários e lideranças na área de Ciência e Tecnologia - todos vascaínos apaixonados - a se tornarem sócios do seu clube de coração.

Entre esses professores estava o amigo Raymundo de Oliveira, professor de matemática da UFRJ, ex-presidenre do Clube de Engenharia e ex-deputadk histórico da "ala autêntica" do antigo MDB no período da luta pela redemocratização do Brasil.

Raymundo me deu a honra de assinar a sua ficha de adesão. Entregamos a ficha na Secretaria do clube no dia do aniversário do Vasco, fato devidamente comemorado com um almoço no restaurante do clube.

Passado um mês e meio de ansiosa e inexplicável espera, o Professor Raymundo de Oliveira recebeu uma comunicação seca da Secretaria do clube informando que seu pedido de adesão foi recusado, e que a Diretoria não era obrigada a dar qualquer satisfação.

A julgar pela carta enviada pelo Presidente do Clube em resposta aos questionamentos formulados pelo Conselho de Beneméritos, o Professor Raymundo de Oliveira foi considerado um "mensaleiro" que tentou fazer "uma associação de aluguel" a serviço "interesses vis".

São essas suspeitas que a carta do Presidente do clube evoca para justificar estar fazendo "uma análise rigorosa das fichas de adesão". Feita a "análise rigorosa", a Diretoria concluiu que o Professor Raymundo de Oliveira é indigno de compor o quadro social do Vasco.

Isso é um desrespeito absurdo e inaceitável, que não condiz com a história e tradições do Clib de Regatas Vasco da Gama. Peço desculpas ao amigo Raymundo de Oliveira por o ter exposto a tamanho constrangimento e vexame.

A comunicação da recusa da associação do Professor Raymundo de Oliveira foi feita enquanto o Presidente do clube estava reunido com o Conselho de Beneméritos para discutir o projeto de revitalização de São Januário.

Ao final da reunião, cobrei do Presidente Campello os motivos do indeferimento. Depois de muita hesitação, disse que o critério adotado foi não aceitar associações propostas por sócios que haviam indicado mais de cinco novos sócios.

Não há nada no Estatuto do clube que estabeleça esse limite no número de sócios propostos. Duvido muito que esse tenha sido um critério de aplicação geral.

A Diretoria Administrativa deveria divulgar a lista dos "mais de quinhentos novos sócios" que afirma haver aprovado, com seus respectivos sócios proponentes. Isso deixaria claro se o referido critério foi aplicado de maneira geral ou seletiva.

Ajudaria a revelar, ainda, as verdadeiras razões da aprovação e recusa de novos sócios.
 

Fonte: X de Luis Fernandes