Futebol

Luan comenta assédio do público feminino

Dentro de campo, eles até tentam fazer estilo bom moço dar lugar a um semblante mais sério. É uma forma de intimidar e encarar os adversários. Mas, de qualquer maneira, a seleção pan-americana de futebol conta com um trio que já é campeão de audiência entre o público feminino que navega nas redes sociais. Fora dos gramados, Lucas Piazon, Luan e Bressan têm fã-clubes oficiais e ativos na web. São os ''queridinhos'' das meninas. Com 100% de aproveitamento na campanha por um ouro que não é conquistado desde Indianópolis-1987, o Brasil já tem o pódio completo no coração das tietes.

Nas internet, o sucesso do ''trio ternura'' do futebol brasileiro no Pan é traduzido em números. Ainda em busca de espaço dentro de campo, Bressan e Luan engatinham perto do sucesso de Lucas Piazon. Perfis em homenagens aos zagueiros, com fotos nas mais diversas situações, no entanto, evidenciam a empolgação das meninas com a beleza dos jogadores.   

Com 18,5 mil de seguidores em seu perfil oficial, o rubro-negro conta com mais outras quase 1.500 fãs nos @fcmatheusbressan e @fc_tmjbressan. O assédio era maior no Sul, quando meninas costumavam fazer vigília nas saídas dos treinamentos no estádio Olímpico em busca de um contato mais próximo. Cartazes com recados amorosos também faziam parte da rotina nos jogos. 

No clássico carioca, Luan leva a melhor em números. Com mais seguidores em seu perfil pessoal (26.4 mil), o vascaíno tem a mesma média nos fã-clubes @orgulholuangarcia e @letterstoluangarcia, mas possui página também no FaceBook, com 22 mil adeptos. Marca de respeito, mas que passa a ser minimizada se colocada ao lado da de Lucas Piazon.   

Comparado a Kaká na base do São Paulo não só pelo futebol, o meia-atacante já mexia com o coração das meninas antes mesmo de deixar o Brasil. A transferência para o Chelsea, entretanto, potencializou esse assédio, ao ponto de uma página criada por fãs tailandesas contar com 11 mil membros. No Instagram, as contas @piazonaudacia, @familypiazon, @lupiazonn e @fasdelpiazon somam quase 4.500 seguidores, sem contar os 318 mil do perfil pessoal.   

No Facebook, dois fã-clubes brasileiros superam a marca de 8 mil curtidas, enquanto a página oficial tem impressionantes 739 mil adeptos. Responsável por uma das páginas, Naira Hanzawa segue todos os passos de Piazon na Europa, desde reportagens até fotos em redes sociais, e celebra a receptividade da família do atacante. Os pais, Antonio Carlos e Marizabel, e a irmã, Juliana, também acumulam milhares de seguidores em seus perfis.   

- Compartilhamos notícias sobre jogos, entrevistas, fazemos homenagens no aniversário. É organizado por meninas no Brasil inteiro. O trabalho foi reconhecido pela família, que sempre agradece. Desde cedo, acompanho por torcer pelo São Paulo, pelo futebol, mas não vou ser hipócrita de dizer que a beleza não influenciou - disse a "Piazete", que é de Campinas e tem 16 anos.   

“ADMIRAM O FUTEBOL”, DIZ LUAN 

Há quatro anos morando na Europa, Piazon retribui o carinho da maneira que pode nas redes sociais, mas evita o rótulo de "muso":   

- Que nada! Esse assédio vem mais no Instagram. Antigamente, era no Twitter. Entro em contato para pedir foto, dar os parabéns nos aniversários, e elas ficam super alegres. É bem legal. A gente gosta disso, de ver que elas postam fotos para desejar boa sorte.

O vascaíno Luan vai pelo mesmo caminho. Apesar dos fã-clubes serem em sua maioria responsabilidade do público feminino, o zagueiro prefere focar no lado esportivo e trata as palavras de carinho como um incentivo extra para entrar em campo:   

- Fico feliz em ter pessoas que me admiram e admiram meu futebol. Isso é uma coisa que dá mais motivação, ter pessoas que torcem por mim. É positivo.   

Bressan foi quem falou sobre o tema com maior desenvoltura. Ciente que a beleza fica mais em evidência por conta do status que alcançaram na carreira, o defensor procura retribuir o carinho das fãs, mas não perde a oportunidade de deixar claro que é comprometido:   

- Faz parte. Recebemos várias mensagens, mas é bem tranquilo. É legal e respeitamos. Tenho minha namorada, o pessoal tem a deles, e sabemos que é um carinho por estar na mídia, representar o time que torcem. Tudo que fazemos têm uma dimensão grande. Respeitamos esses fã-clubes e esses torcedores que nos apoiam.   

Por fim, o rubro-negro falou do estereótipo que foge ao que se tornou comum entre os zagueiros: semblante sério e que metem medo. Loiro e de olhos claros, Bressan admite que fecha a cara quando a bola rola:   

- Dentro de campo muda tudo. A cara de mal tem que ficar. É uma coisa que levamos tranquilamente, fazer nosso melhor, porque nosso é papel jogar futebol. Pela história, os zagueiros sempre fazem cara feia, e procuramos fazer isso. Mas acho que procuramos mais jogar, estar em evolução, treinando bastante para suportar bem a pressão adversária - disse o zagueiro.

Cara feia em campo por sorriso dourado no pódio. E, lógico, para o delírio das meninas.   

Fonte: ge