Futebol

Lopes se inspira nos erros da seleção de 2002 para armar o Vasco

Antônio Lopes, 67 anos, já declarou que se inspira na seleção brasileira campeã do Mundo em 2002 como modelo para armar o Vasco. O atual comandante vascaíno fez parte da comissão técnica, no cargo de coordenador técnico, mesmo sem ter suas atribuições muito bem definidas até o final da Copa.

Lopes se disse inspirado no modelo de Felipão, que na época foi aconselhado por um especialista em cores para armar o time brasileiro, isto mesmo, um especialista que creditava a combinação de cores como determinante para se estruturar uma equipe, como foi veiculado há 6 anos no Fantástico da Rede Globo.

A conquita do Penta mascarou e iludiu parte dos brasileiros que passaram a Copa reclamando do péssimo futebol apresentado pelo time de Luiz Felipe Scolari em razão da falta de meio-campo. O time base brasileiro carecia de jogadores de marcação no meio-campo, dependendo exclusivamente do talendo de nossos três jogadores de frente para alcançar as vitórias.

Na estréia, 2 a 1 contra a Turquia, no dia 3 de junho, com um gol de pênalti mal marcado em Luizão aos 42 minutos do segundo tempo e convertido por Rivaldo. O Brasil jogou sem meio-campo, sem poder de marcação neste setor

[1] MARCOS

[3] LUCIO
[4] ROQUE JUNIOR
[5] EDMÍLSON 

[2] CAFU
[8] GILBERTO SILVA
[19] JUNINHO PAULISTA
[6] ROBERTO CARLOS

[11] RONALDINHO GAÚCHO
[10] RIVALDO
[9] RONALDO

Na segunda partida, uma goleada de 4 a 0 contra a China, mas um jogo fraco, sem criatividade, que dependeu da individualidade dos jogadores para ser decidido. Segundo os críticos da época, o placar não escondeu as falhas do esquema brasileiro. Felipão colocou Anderson Polga no lugar de Edmílson acreditando que isto aumentaria o poder de marcação do time que não conseguia reaver a posse de bola.

[1] MARCOS

[3] LUCIO
[4] ROQUE JUNIOR
[14] ANDERSON POLGA

[2] CAFU
[8] GILBERTO SILVA
[19] JUNINHO PAULISTA
[6] ROBERTO CARLOS

[11] RONALDINHO GAÚCHO
[10] RIVALDO
[9] RONALDO

Contra Costa Rica, o Brasil fez seu terceiro jogo e, enfim, uma vitória maiúscula e convincente. O 5 a 2, teve diferença inferior ao placar da partida anterior, mas o futebol apresentado foi convincente. Felipão percebeu que o ime precisava de mais marcação no meio-campo e colocou Edmílson no time e adiantou Anderson Polga para que ajudasse Gilberto Silva no meio-campo. Ronaldinho Gaúcho deu lugar a Edílson, mas não houve mudança tática no ataque da seleção.

[1] MARCOS (GK)

[2] CAFU (C)
[3] LUCIO
[5] EDMILSON
[16] JUNIOR

[14] ANDERSON POLGA
[8] GILBERTO SILVA
[19] JUNINHO PAULISTA (-61\")

[20] EDILSON (-57\")
[10] RIVALDO (-72\")
[9] RONALDO 

Nas Oitavas-de-final, uma vitória de 2 a 0 contestada pelos belgas após terem um gol anulado quando o jogo ainda estava 0 a 0. Felipão armou o time como na estréia e o Brasil voltou a ficar sem meio-campo, sendo dominado e só conseguindo fazer o primeiro gol aos 22 minutos do segundo tempo, para depois Ronaldo dar números finais ao jogo aos 42 minutos da egunda etapa.
 

Classificado, o Brasil enfrentou a poderosa Inglaterra nas quartas-de-final e Felipão sabia que não poderia errar. Cauteloso e sabendo que se o adversário dominasse o meio-campo, fatalmente faria os gols que os demais adversários não fizeram, o treinador brasileiro tirou Juninho Paulista do time e colocou Kléberson para ajudar Gilberto Silva na marcação de meio-campo, sem perder toque de bola, já que este sabia sair para o jogo, ao contrário de Anderson Polga. O resultado, uma virada de 2 a 1, mostrou a Felipão que havia sido uma boa opção tomar mais conta do meio-campo, esquema que ele não abandonou mais até o fim da Copa.

[1] MARCOS

[3] LUCIO
[4] ROQUE JUNIOR
[5] EDMÍLSON

[2] CAFU
[8] GILBERTO SILVA
[15] KLÉBERSON
[6] ROBERTO CARLOS

[11] RONALDINHO GAÚCHO
[10] RIVALDO
[9] RONALDO

Na semi-final, Felipão reencontrou a Turquia, bem diferente do time que já havia dado trabalho na estréia. Com uma marcação implacável, os turcos entraram dispostos a não deixar o Brasil jogar, mas ao contrário da primeira partida, o Brasil não chegou a ser ameaçado pois Felipão mantece o esquema de um meio-campo mais coeso e ganhou com um apertado 1 a 0 sem sustos.

Na final, Brasil campeão e ninguém mais falou do criticado esquema de Felipão para o inabitado meio-campo da seleção e o grupo ficou conhecido como Família Scolari em razão da personalidade motivadora e aglutinadores do treinador com o time.

Ao contrário do time de Felipão em 2002, o Vasco de Lopes não está disputando um torneio mata-mata, de tiro curto, com adversários reunidos um mês antes da competição e sem entrosamento. O Vasco de Lopes enfrenta times entrosados em uma competição longa, além de não ter en seu elenco nomes como Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Rivaldo. Se a falta de meio-campo era um problema para os craques em 2002, torna-se um desespero para o limitado ataque vascaíno que conta com um jogador de 37 anos, para desespero da torcida. Lopes fez opção errada ao se basear num time de exceções para armar o Vasco e, para piorar, se espelha exatamente nos erros daquela seleção.

Na partida contra o Goiás, o time de Lopes entrou apenas com Jonílson com a obrigação da marcação no meio-campo, sendo, às vezes, ajudado por Jean, enquanto o resto do time não tinha características de marcação.

Tiago

Eduardo Luiz, Luizão e Rodrigo Antônio

Wagner Diniz, <u>Jonilson</u>, Morais, Alex Teixeira e Pablo

Jean e Leandro Amaral.



Fonte: SUPERVASCO.COM