Futebol

Lopes releva críticas de Morais ao 3-5-2

O técnico do Vasco, Antônio Lopes, lembra que em 1986 barrou o ex-apoiador Geovani porque, a exemplo de Morais, o Pequeno Príncipe, que tinha 22 anos, não gostava de participar da marcação.

"Em 1986 aconteceu um fato semelhante a esse. A gente tinha o Geovani, que hoje ainda está vivo para comprovar isso. Era um jogador extraordinário, de um talento muito grande. Ele também não estava querendo marcar na época, e eu sempre pegando no pé dele, para que ele marcasse também. Acabei tirando ele do time e botamos até o Gersinho. Depois ele resolveu participar também da marcação. Logo depois ele passou a ir para a Seleção Brasileira e ser figura constante. Ele acabou me agradecendo \"Devo tudo ao senhor, pelo fato de eu ter ido à Seleção Brasileira, porque eu só jogava com a bola no pé. Hoje jogo com a bola pé e quando o adversário está de posse da bola também\". Até hoje ele fala isso. Isso em 86. O entendimento já era esse", disse ao repórter Jorge Eduardo, da Rádio Globo.

O treinador elogia Morais e releva as críticas do jogador ao esquema 3-5-2, proferidas após ter sido novamente substituído na derrota por 1 a 0 para o Cruzeiro, no último domingo (08/06), no Mineirão, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.

"Hoje tem que ser, todo mundo tem que marcar. Não tem essa. Se você não dá a função de marcação a um jogador e ele não entra na marcação, é a mesma coisa que se você estivesse entrando em campo com um jogador a menos, já tendo o jogador sido suspenso. Ele sabe disso. O garoto estava marcando, procurou marcar. Também não tirei ele do jogo por causa disso, porque ele estava marcando, se esforçando, procurando cumprir a função dele. Ele é um garoto bom, educado, respeitador. Ele falou isso, mas sabe que tem que marcar, porque todo mundo tem que marcar. Não posso deixar um jogador só para marcar por dois, três, e o jogador só querer jogar com a bola no pé. Isso não existe mais".

Fonte: Vasco Expresso