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Libertadores próxima, salários atrasados, os desafios de Campello no Vasco

Libertadores próxima, salários atrasados, busca por patrocinadores, procura por reforços, montagem da diretoria, transição… Todos estes serão desafios que Alexandre Campello terá pela frente no Vasco. Todos, porém, de certa forma, previsíveis e esperados.

O que talvez não estivesse nos planos do novo presidente vascaíno fosse a rejeição da torcida.

Campello assume o clube após vencer as eleições do Conselho tendo saído da chapa de Julio Brant – outro concorrente ao cargo – na véspera, numa manobra que, se não foi ilegal, ao menos foi considerada imoral por muitos. Principalmente por grande parte da torcida que declaradamente se manifestava a favor de Brant, cabeça da chapa que venceu a votação entre os sócios.

Prova disso é que as redes sociais do Cruz-Maltino perderam quase 20 mil seguidores em apenas dois dias após o resultado da eleição, segundo o site Futebol Retweet, que faz o monitoramento digital dos clubes.

Em outubro, realizei uma entrevista com Alexandre, então candidato à presidência, que falou sobre seus planos para o Vasco. E muito do assunto girou em torno de angariar novos sócios e de aproximar o torcedor do clube, para assim gerar mais receita. Durante a posse, nesta segunda-feira, Fred Lopes, novo vice-presidente de futebol, chegou a falar em atingir a marca de 40 mil sócios para trazer um grande jogador.

Num primeiro momento, o que vem acontecendo é exatamente o contrário.

A verdade é que grande parte dos torcedores se sentiram traídos por não verem sua vontade representada na decisão do Conselho. O que certamente dificultará no trabalho de trazer novos sócios para o clube.

Afinal, a opinião dos sócios será ou não respeitada nas próximas eleições? A forma como foi conduzida a política vascaína nos últimos dias deixou esta dúvida.

Acho pouco provável que o torcedor se afaste do clube. Porém, entre apoiar um time e contribuir financeiramente com um projeto de uma diretoria há uma imensa lacuna. Espaço esse que deverá ser trabalhado pelo novo presidente para que seja encurtado.

Este será o seu primeiro desafio de Campello. Talvez o maior deles neste início de gestão.

Fonte: X do Odilon Junior-Rádio Tupi