Futebol

Libertadores 98 - Com o título, perdi meu bigode, GATO Roupeiro do Vasco

Aquele grupo de jogadores era sensacional, além de ter muita qualidade técnica, havia muito companheirismo e todos se ajudavam. Lembro muito bem de quando algum jogador tinha um problema médico todos procuravam saber o que tinha acontecido e mostravam solidariedade.
Além da camaradagem, existiam muitas brincadeiras e ninguém escapava. Nós, da retaguarda (roupeiros e massagistas), ficávamos felizes quando eles esqueciam da gente. Sem dúvida, o Donizete Pantera era o maior brincalhão de todos. Ele adorava dizer que iria raspar o meu bigode, que era enorme e na época já não o cortava há dez anos.

Em uma das brincadeiras, logo após o primeiro jogo da final da Libertadores (vitória vascaína sobre o Barcelona/EQU por 2 a 0 em São Januário), eu disse a ele que se marcasse um gol na grande final eu deixaria ele raspar o meu bigode. Quando ele fez o segundo gol não sabia se comemorava ou saía correndo. Na volta, no avião fretado, tinha chegado a hora de cumprir a promessa. Com todo o avião gritando para ele raspar, não havia jeito de a lâmina resolver a questão. Eu comecei a ficar aliviado, mas surgiu o Carlos Germano (exgoleiro vascaíno) com uma máquina de cortar cabelo e não teve jeito, adeus bigode querido. Quando cheguei em casa, minha netinha nem me reconheceu, mas tudo bem, tudo pelo Vascão.

Fonte: Lance