Política

Leven Siano: "Não tomei decisão nenhuma alguma"

Existe um certo clima de suspense sobre o que pode acontecer depois que o recesso judicial acabar, no próximo dia 6. Luiz Roberto Leven Siano, um dos candidatos à presidência do Vasco, discorda de quem considera que a decisão do dia 17 fez de Jorge Salgado o presidente eleito do clube. E afirma: "não deixará de lutar pelos vascaínos".

Do dia 17, quando o Tribunal de Justiça do Rio decidiu que a votação do dia 7 de novembro não teve validade, até agora, Leven Siano disse ter sido procurado por vascaínos para que interferisse no processo que leva Salgado à presidência baseado no resultado da eleição do dia 14 de novembro, da qual Leven Siano não participou.

O candidato chegou a afirmar, ainda no dia 17, que não recorreria da decisão e que estava aposentado da política vascaína. Agora, acusado por partidários de Jorge Salgado de que estaria descumprindo com a palavra, dá sua versão:

— Não disse que não faria nada depois do resultado do dia 17. Eu disse apenas que não recorreria porque não caberia recurso. Após ler a decisão ficou evidente que a mesma é inconstitucional. Se o conhecimento jurídico deles é limitado eu apenas posso lamentar. A decisão disse como tinha que ser (certo ou errado), mas não analisou como foi. Ela precisa ser reconsiderada.

Questionado sobre o que vai efetivamente fazer a respeito, Leven Siano afirmou não saber:

— Não tomei decisão nenhuma alguma, mas recebi pedidos de milhares de pessoas indignadas com a decisão do dia 17. Por ora apenas esclareci que essa decisão apenas disse como a eleição teria que ser, não tendo analisado que ela ocorreu, nem a validade ou invalidade de nenhuma das eleições. Logo, após ler a decisão vê-se que ela não é definitiva.

Pelos lados de Jorge Salgado, a postura é de que o processo eleitoral já acabou. O empresário acelerou o processo de transição com o atual presidente, Alexandre Campello, e já trabalha para tentar ajudar a gestão a pagar ao menos parte dos salários atrasados com jogadores e funcionários.

Em entrevista como presidente eleito, afirmou também que gostaria de conversar com Luiz Roberto Leven Siano e que estava esperando uma ligação do adversário. Por sua vez, o advogado sinaliza que a eleição pode ter novos desdobramentos.

— Da minha parte, por ora apenas disse que Jorge Salgado não é presidente, que a eleição do dia 14 é inválida e que não desistiria de lutar pelos vascaínos, posto que milhares me pedem isso todos os dias. A interpretação de que não tenho palavra ou que vou recorrer é de cada um. Eu não disse isso. Existem muitas lutas e muitas formas de lutar.

Questionado se defende que uma nova eleição aconteça, respondeu:

— Eu defendo que qualquer associação tem o direito de estabelecer suas próprias regras sem interferência externa, conforme está estabelecido na Constituição da República.

Fonte: Agência O Globo