Léo Lima recebe elogios do capitão e do técnico do Vasco
RIO - Contestado e frequentemente xingado pelos torcedores do Vasco, o meia Léo Lima tem o reconhecimento quase unânime sobre sua rara habilidade. Ao mesmo tempo, e na mesma proporção, carrega ao longo da carreira a pecha de jogador preguiçoso e dispersivo. Com a confiança do técnico Dorival Júnior, que tem lhe dado chances no time titular, luta para convencer a torcida de que é capaz de ajudar mais do que atrapalhar.
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Na goleada de quarta-feira sobre o Vitória por 4 a 0, que deu ao Vasco enorme vantagem na luta pela classificação à semifinal da Copa do Brasil, foi apontado - justamente - como um dos principais destaques do time. Léo Lima deu as conhecidas assistências aos companheiros, com o toque refinado que tem. E também correu, chutou, roubou bolas, se empenhou. Contra o Icasa, em Juazeiro do Norte (goleada de 4 a 1), já tinha sido assim.
Será que Léo Lima enfim tomou jeito?
- Ele precisa mostrar isso com uma sequência maior. Confio muito no futebol do Léo e nele como pessoa. Só cabe a ele, e ele sabe disso. Os resultados alcançados até aqui são possíveis porque ele se preparou. Agora é manutenção. Atingir é uma coisa, manter é outra. Por isso, vamos continuar a cobrança, mas ele está de parabéns - diz o técnico Dorival, sempre cauteloso e com os pés no chão.
Os colegas de time dão aquela força. No campo e no discurso, como Carlos Alberto:
- A atuação do Léo hoje só vem confirmar a dedicação dele, o trabalho que ele vem fazendo nos treinamentos. A qualidade técnica dele é indiscutível. A coisa que mais tem feito diferença nas boas atuações dele é a parte sem a bola. Ele tem jogado com uma vontade contagiante - elogia o capitão do Vasco.
Léo Lima vive até hoje do lance mais famoso com sua assinatura - o cruzamento de letra para o gol de Souza, em final contra o Fluminense, no último título carioca conquistado pelo Vasco, em 2003. É comum ele recorrer à memória para se defender de cobranças. Vaiado no decepcionante jogo de ida com o Icasa, em São Januário (empate em 1 a 1), reagiu:
- Os mesmos que vaiam são os que me aplaudiram quando dei aquele passe de letra - comentou, voltando cinco anos no túnel do tempo.
O mesmo lance - realmente belo, diga-se de passagem - já foi motivo para Léo Lima arremessar a modéstia no lixo. Convocado a explicar a jogada, logo após aquela decisão contra o Fluminense, sentenciou:
- É o talento que Deus me deu.
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