Futebol

Léo Jabá se torna o símbolo da oscilação no Vasco de Lisca

Depois de uma estreia empolgante com goleada por 4 a 1 sobre o Guarani, o técnico Lisca emendou uma sequência de três derrotas consecutivas no comando do Vasco. Léo Jabá, o melhor em campo naquela vitória, novamente chamou o protagonismo em São Januário, mas desta vez por ser expulso em jogada que praticamente acabou com qualquer chance de reação do Cruz-Maltino, eliminado nas oitavas de final da Copa do Brasil.

Jabá foi expulso aos 33 minutos do jogo contra o São Paulo, em São Januário – Reprodução de TV

O atacante tomou o cartão vermelho quando a partida ainda estava zerada de gols, aos 33 minutos do primeiro tempo, após entrada dura em Reinaldo. Com um jogador a menos, o Vasco viu sua estratégia ficar comprometida, e o São Paulo aproveitar a superioridade numérica para ampliar a vantagem do jogo de ida (2 a 0).

Irritado pelo lance anterior em que Miranda o atingiu no rosto dentro da área – que seria pênalti a favor do Vasco -, Jabá levantou excessivamente o pé e atingiu a barriga do lateral-esquerdo tricolor. Apesar de o vascaíno ter se desculpado com o adversário logo em seguida, o VAR não deixou a jogada ríspida passar batida e recomendou sua exclusão.

A oscilação no desempenho do atacante reflete a realidade cruz-maltina na temporada. Especificamente sob o comando de Lisca, notou-se oportunismo e agressividade da equipe durante a partida contra o Bugre. Jabá teve participação nos quatro gols vascaínos. Começou as jogadas do primeiro e terceiro gols, sofreu pênalti que resultou no segundo e balançou a rede no quarto. Apenas três jogos depois, o camisa 7 foi do céu ao inferno.

Em uma mensagem publicada horas depois do jogo, Léo Jabá pediu desculpas pela expulsão e contou que o excesso de vontade o prejudicou.

“Assumo toda a responsabilidade pelo resultado de hoje. A vontade de vencer e deixar tudo em campo acaba nos levando ao erro algumas vezes. Peço desculpas aos meus companheiros, comissão técnica e torcida do Vasco”, disse ele.

Ao contrário do ocorrido na estreia de Lisca, o time praticamente não construiu jogadas no clássico contra o Botafogo pela Série B e nos confrontos diante do São Paulo, meio-campo e ataque se comunicaram com muitas falhas. Nos últimos 270 minutos, o Cruz-Maltino só balançou a rede adversária graças a um gol contra de Liziero na última quarta-feira (4).

Diante do Tricolor paulista, não apenas Léo Jabá, mas todos os homens de frente vascaínos se perderam na marcação rival. Muito por conta também do esquema com três zagueiros, utilizada pela primeira vez com Lisca. Por conta dele, a troca de passes não deu resultado, e por vezes pôde ser visto jogadores ocuparem os  mesmos espaços do campo.

Com o foco agora voltado exclusivamente para a Série B, o Vasco fechará o primeiro turno diante de adversários que estão abaixo dele na classificação – Vitória, Vila Nova, Remo e Londrina – e terá, assim, a oportunidade de finalmente entrar no sonhado G-4. Se a equipe conseguir repetir, pelo menos, a postura vibrante do último jogo estará mais próxima do seu objetivo.

Fonte: Jogada 10