Leia depoimento completo de Carlos Alberto no TJD/RJ
Suspenso preventivamente por suspeita de doping, Carlos Alberto presta contas com a Justiça nessa quarta-feira, podendo ser suspenso por até 2 anos. Após serem ouvidos as testemunhas de defesa, foi dada a palavra para o meia.
Confira a íntegra do depoimento de Carlos Alberto:
Carlos Alberto inicia sua fala contando sua trajetória no futebol.
Me tornei atleta profissional em 2000, me formado pelo Fluminense. Depois, me transferia para o Porto, de Portugal, onde conquistei alguns títulos, dentre eles Liga dos Campeões e Mundial de Clubes. Depois disso fui para o Corinthians, onde me tornei campeão brasileiro. Depois, novamente, voltei ao Fluminense, onde fui campeão da Copa do Brasil e, anteriormente, tendo sido campeão carioca. Depois fui para o futebol alemão. Depois, São Paulo. Depois, Botafogo, Vasco da Gama, onde fui campeão brasileiro da Série B. Depois fui para o Grêmio, depois Bahia e, finalmente, retornando ao Vasco.
Luciana Lopes (Advogada do Vasco) pede que o jogador explique com detalhes como foi a realização do exame no dia do jogo com o Fluminense.
Cheguei ao local acompanhado do Renato Silva, que também foi sorteado, além dos outros dois do Fluminense. O dr. Albino era o médico responsável do Vasco naquele dia. Escolhi o frasco e não consegui realizar a urina totalmente, já que agora o volume aumentou. Não me recordo exatamente o quanto eu fiz, só sei que não consegui completar. Depois eu fui tomar banho e o Albino ficou com o pessoal da dopagem na mesa. O frasco ficou aberto com a quantidade que eu fiz. Voltei do banho, troquei de lugar com o Albino e fiz o resto da urina, contou Carlos Alberto.
Carlos Alberto conta como recebeu a notícia do teste positivo.
Acabei indo antes do treinamento falar com ele, quando fui surpreendido com a notícia de que fui pego no antidoping. Após isso, ele me orientou a entrar em contato com a advogada Luciana Lopes, disse.
Após as perguntas da defensora, Carlos Alberto faz suas considerações aos auditores da Sétima Comissão Disciplinar do TJD/RJ.
Nesses anos todos de carreira, nunca levei sequer uma advertência do Controle de Dopagem. Estou surpreso até hoje com a notícia. Eu, como esportista, tenho minha ética de competidor e, graças a Deus, nunca precisei e nem vou precisar de nenhuma substância para alterar meu rendimento. A minha carreira fala por mim, declara o meia.
O relator Nilsomaro Rodrigues pergunta há quanto tempo ele faz uso do medicamento.
Já faço uso há dois anos. Inclusive quando fiz meu último exame antidoping, declara o jogador vascaíno.