Futebol

Lédio Carmona analisa Figueirense 1 x 1 Vasco

João Lucas Cardoso (@LCardoso)

As torcidas saíram com as mesmas feições. A do Figueirense sente na barriga e na tabela o jejum de não vencer em casa há quatro partidas. A do Vasco satisfeita, mas não mata a fome que só esvai com a vitória. Como os vascaínos catarinenses no Orlando Scarpelli, ficou o gostinho de quero mais porque o time poderia terminado a rodada na liderança. Empate de um gol para cada lado.

O apito inicial ainda ecoava quando Wellington Nem botou dentro do gol a bola que o Vasco não conseguiu tirar da área. Com o jogo assentado, credenciais à amostra. O Figueirense tinha um a mais no meio e tocava a bola com mais agilidade que o habitual. Mas os cruzmaltinos inspiravam temor na zaga rival, com Diego Souza mais a frente, quase um atacante. O temor virou empate quando Fagner pareceu centrar da direita. Mas terminou no canto oposto, no gol. Morreu na rede porque Wilson achou que Elton seria o matador. Era Fágner. Foi gol.

\"\"O Vasco recompôs o meio com um recuo de Diego Souza. No congestionamento, os cruzmaltinos encontram escapes e atalhos. Num deles, Élton saiu de trás da linha e cutucou para dentro, mas o bandeira achou que estava além. Errou o senhor Altemir Hausmann.

Veio o segundo tempo e o Figueira pra cima. Os catarinenses jogavam de igual para igual enquanto a disputa no meio virou, de fato, voraz. Foi instituída uma batalha campal pela bola e, que fique claro, só nela. Quem não entrava no clima tomava amarelo. As interpretações do árbitro contribuíram para o clima de guerra nas quatro linhas. O jogo chegava ao fim e Vasco parecia afagado com o ponto fora de casa. Foi quando Diego Souza entrou como quis e Wilson saiu bem, abafou a virada rival.

O primeiro lugar do Vasco não caiu fora do prato apenas quando Diego Souza mandou no peito do goleiro. Faltou um pouco mais de mostrar os dentes e vontade de refestelar-se quando se tem fome - como faz Juninho Pernambucano, ausência no jogo e exemplo. O Figueira vive o jejum. Janta fora o que desperdiça em casa.

Fonte: Blog de Lédio Carmona