Leandro Amaral: "O mínimo que a gente tem que ter é vontade"
Leandro Amaral comenta para o programa Manchete Esporitva 1ª Edição na Rádio Manchete, sobre a repercussão das declarações dele após o jogo contra o São Paulo, na qual o Vasco foi goleado por 4 x 0, e ele reclamou da postura do time jogando fora de casa:
"Eu não acompanhei a repercussão (das palavras dele após o jogo contra o São Paulo), pois eu acabei ficando lá em São Paulo, né? Mas eu acho que a gente não pode fugir da verdade e da realidade do que aconteceu, né? A gente não teve atitude no jogo, não teve disposição, não teve vontade, e acabamos aí fazendo uma partida muito abaixo do que tem que ser feito. Eu acho que, sei lá, você vestir a camisa do Vasco, um clube de tradição, como é o São Paulo, como é o Palmeiras, clube que tem uma história muito grande... você não poder perder uma partida da maneira que a gente perdeu, né? Com uma facilidade tão grande... eu acho que o resultado... se perder, faz parte do jogo, mas, tem que perder uma forma diferente... lutando, demostrando vontade, e não da maneira que a gente vem perdendo fora de casa."
Sobre repercussão interna, entre os jogadores, sobre as críticas proferidas pelo atacante:
"Não, eu não me preocupo, eu acho que eu tenho que falar a verdade e a realidade. Eu não posso... vocês virem fazer perguntas pra mim depois do jogo e eu falar que não, nós jogamos uma grande partida, fizemos um grande jogo, tivemos falta de sorte. Eu acho que eu não posso, sei lá, jamais me omitir, e fingir que tá tudo bem. A gente tem que tá muito claro, né? Do que tá acontecendo, nos jogos foras de casa. Eu reclamo mais, dessa nossa postura, porque dentro de casa, quando a gente joga, nossa postura é diferente. A gente ataca, a gente dá carrinho, a gente, sabe, se ajuda, porque a gente sabe que se não fizermos isso em São Januário, a torcida vai cobrar, depois a gente não vai conseguir sair do estádio de uma maneira legal, correta, e então a gente tem que fazer isso fora de casa também, porque o campo é igual fora de casa, tem grama, tem dois gols, a gente não pode, parece que fora de casa, não sei, parece que é diferente de jogar do que é em casa. O campo é diferente. Eu acho que a gente tem que mudar isso pra gente conseguir sair dessa situação, a gente não pode... ganha um jogo, ótimo, o clima fica bom, depois no jogo seguinte, perde, volta pra zona de rebaixamento. Desse jeito até o final do campeonato todo mundo vai ficar louco de tanta pressão que vai acontecer aqui."
Sobre as declarações do presidente Roberto Dinamite do time ter sérias limitações e não ser dos mais qualificados e isso poder afetar o grupo:
"Eu acho que não afeta. Toda equipe hoje tem uma certa limitação, né? Não tem nenhum time aí de craque. Mas eu acho que através dessa limitação que hoje a gente tem, o mínimo e uma obrigação nossa é ter vontade. Eu acho que ninguém é obrigado a fazer todo jogo um gol de bicicleta, um gol bonito, uma bola, toda hora colocar uma bola no ângulo do goleiro, isso aí eu acho que ninguém é obrigado a fazer. Mas uma coisa que a gente tem uma obrigação, pelo menos eu tenho, e isso eu levo pra mim na minha vida e no meu trabalho, é vontade, é disposição e isso aí não pode faltar pra gente. Nós somos profissionais, treinamos todo dia pra jogar duas vezes por semana, uma vez por semana, e no jogo a gente, o mínimo que a gente tem que ter é vontade.