Leandro Amaral: "Não é o fim do mundo"
O atacante Leandro Amaral se reapresentou nesta sexta-feira, em São Januário, treinou duro ao lado do preparador físico Toninho Oliveira (foto), e em sua entrevista coletiva não demonstrou arrependimento nas atitudes que tomou para defender o Fluminense em 2008. O jogador voltou a acusar o seu ex-procurador, José Renato, falou da falta de palavra da diretoria vascaína e que pretender recuperar o seu prestígio com a torcida cruzmaltina.
No bate-papo de cerca de 15 minutos com a imprensa, o jogador demonstrou insatisfação, mas afirmou que não retorna obrigado a São Januário. Segundo ele, a idéia é mostrar um bom futebol até o dia 14 de dezembro, quando encerra o seu contrato com o Vasco.
AMADURECIMENTO
A gente cresce não só nas vitórias, mas nos momentos de alegria, nos momentos difíceis. A gente sempre acaba crescendo, amadurecendo e tirando alguma coisa proveitosa.
REENCONTRO COM A TORCIDA
A gente sempre pensa. Acho que vai ser de uma forma positiva pelo que eu fiz aqui no clube no passado. Sempre fui muito profissional, me dediquei nos treinos e nos jogos, e daqui pare frente vai ser retomado isso. Espero fazer um grande trabalho daqui até o fim do ano.
PRONTO PARA REESTREAR?
Estou pronto, bem fisicamente, mas é claro que esse tempo que eu fiquei parado atrapalha. Preciso recuperar o ritmo em campo, mas acho que até o jogo da Copa do Brasil vou estar bem melhor.
DUPLA COM EDMUNDO
Espero gols, sucesso. É um grande jogador, um grande ídolo do Vasco e para mim vai ser uma alegria, uma satisfação muito grande atuar com ele. Espero repetir com o Edmundo o que fiz com o Romário aqui na minha outra passagem.
ACUSAÇÕES AO PRESIDENTE VASCAÍNO
É claro que eu falei algumas coisas. Do outro lado, eu estava sendo criticado. Eu precisava dar uma resposta e me defender das palavras que eu ouvia desse lado aqui. Acredito no meu potencial. Sei o que eu posso render, o que eu posso ajudar, como ajudei em todo no ano passado. Acho que posso repetir aquele trabalho que fiz aqui.
CONVERSA COM EURICO MIRANDA
Não tive nenhuma conversa com o Eurico. Conversei apenas com o José Luiz (vice-presidente de futebol) e com os advogados. Não guardo mágoa de ninguém. Eles sabem o que eles fizeram. É fácil vir aqui e falar com a imprensa, com o vizinho, mas falar na minha cara é muito mais difícil. A gente tinha vários acordos. Agora é deixar para trás e tentar ter sucesso de novo.
ARREPENDIMENTO
Meu arrependimento é só de ter confiado em muita gente que acabou atrapalhando. Acabou que deu essa confusão toda. Não tomei nenhuma decisão por tomar. Você não briga com uma pessoa na rua por brigar. Não sou louco, não sou maluco de agredir uma pessoa sem ela ter feito nada. Não guardo mágoa. Confiei em pessoas que pensei que estivessem ao meu lado e quando eu fui ver não estavam ao meu lado. Mas isso faz parte da vida e temos que dar a volta por cima. Sempre fui uma pessoa honesta, trabalhadora e não vou mudar o meu jeito de ser.
ACORDO COM O VASCO EM 2007
Tinha um acordo com o Vasco de que se chegasse uma proposta, eu seria liberado sem multa. A proposta chegou, eu apresentei e não fui liberado. O José Renato era o meu procurador só no fim do mês. Ele não estava ao meu lado. Se você combina uma coisa, a palavra do homem vale muito para mim. Quando você olha na cara de um homem e faz um acordo, você precisa cumpri-lo.
RETORNO OBRIGATÓRIO?
Ninguém faz nada por obrigação. Estou feliz. Se você não estiver feliz, não rende nada em campo. É claro que depois de tudo o que falaram você volta chateado. Mas sou profissional e vou me dedicar aqui no Vasco. Não é o fim do mundo
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