Futebol

Leandro Amaral admite permanecer em São Januário em 2009

Atacante revela ao GLOBOESPORTE.COM que pode sentar com a diretoria para renovar o seu contrato na próxima temporada

A reestréia de Leandro Amaral com a camisa do Vasco não poderia ter sido melhor. Até o jogador sonhou com uma boa atuação e o reconhecimento do torcedor vascaíno na arquibancada de São Januário. O camisa 19 não só deixou a sua marca na goleada por 5 a 1 sobre o Corinthians-AL, pelas quartas-de-final da Copa do Brasil, como mostrou um excelente entrosamento com Edmundo, principal ídolo do clube. Em um papo sem rodeios com o GLOBOESPORTE.COM, ele revelou uma informação que nem os cruzmaltinos mais otimistas poderiam imaginar: pensa em permanecer na Colina em 2009.

GLOBOESPORTE.COM: Você pensa em cumprir o seu contrato com o Vasco até o fim?
LEANDRO AMARAL: Penso em cumprir o meu contrato até o fim e não vejo problema nenhum em sentar com a diretoria para falar de uma renovação. Mas não estou pensando no futuro, penso no que está acontecendo agora.

A classificação do Vasco para a Libertadores ajudaria nessa renovação?
Olha, o fato do time se classificar ou não para a Libertadores não vai influenciar em eu ficar ou não no Vasco. Como eu disse, não quero pensar no futuro, mas não vejo problema em conversar com a diretoria para ficar no ano que vem.

Antes de retornar ao Vasco, você recebeu uma proposta concreta do Botafogo, sondagens de Atlético-MG e Corinthians. Você atuaria por outro clube do Brasil?
Recebo muitas ligações, até quando retornei ao Vasco. Sempre tem gente me ligando, mas a idéia é ficar no clube até o fim do ano. Não penso em atuar por outros clube antes disso.

Você se arrepende de alguma coisa que tenha feito antes do seu retorno ao Vasco? Como o episódio de ter usado a camisa do Fluminense durante um jogo contra o próprio Vasco, no Maracanã?
Não me arrependo de nada do que eu fiz. Naquela época, eu era de outro clube, atuava em outro lugar. Eu não podia fazer muita coisa. Mas hoje, estou feliz aqui no Vasco, me sentindo muito bem. Estou muito feliz com esse meu retorno, com a receptividade de todos, do elenco, dos dirigentes.

Caso apareça uma boa proposta do exterior, você pensa em deixar o Vasco no meio do ano?
Todo mundo pensa em fazer a sua independência financeira e conseguir um bom contrato no exterior. Se pintar alguma coisa boa para o Vasco e para mim, a gente senta e conversa. Mas a idéia é ficar e cumprir o contrato até o fim.

Na entrevista que deu na saída do campo após a bela atuação de quarta-feira, você disse que estava honrando a sua família, sua esposa, seus filhos. Como foi a recepção em casa e dos seus conhecidos?
Cheguei em casa e recebi o carinho da minha esposa. Os meus filhos ainda não entendem muito de futebol, mas sabem que eu joguei. Tive um contato mais especial com ela (esposa) ao chegar em casa. Foi engraçado quando cheguei ao meu apartamento. Um monte de crianças me esperava para me cumprimentar. O meu porteiro também me cumprimentou pela atuação. Foi bacana receber esse carinho. Mostra que eu tenho feito um bom trabalho.

Nesse seu retorno ao Vasco e com a atuação que você teve na quarta-feira, você começa a se sentir um ídolo do clube?
Volto ao Vasco me sentindo um jogador muito importante. Importante para o grupo, para a equipe. Mas ídolo, eu acho um pouco mais complicado. Deixo mais para o Edmundo, que tem uma carreira aqui, ganhou títulos, tem uma história em São Januário. Deixo isso para ele. Vou sempre trabalhar para ter esse carinho do torcedor. Isso é ótimo.

A sua volta ao Vasco culminou com a parada de nove dias do time, sem jogos. Isso ajudou em sua recuperação e para a boa atuação na última quarta-feira?
Me ajudou muito, foi fundamental. Essa parada foi excelente. Tivemos a chance de treinar dez dias, tivemos uma pré-temporada. Tive um pouco mais de contato com bola. Se isso não tivesse acontecido, com treinamentos fortes, três períodos, dificilmente eu teria tido uma atuação como a que eu tive.

A informação que chegou aos jornalistas foi a de que você atuou no sacrifício. Isso é verdade?
No sacrifício, não. Mas a dificuldade para mim é maior do que para os outros jogadores. Eu estava há dois meses sem jogar e o jogador sente falta de ritmo de jogo. É o jogo que dá essa condição para o atleta ter um bom rendimento em campo.

Você já conversou com o presidente Eurico Miranda após a sua volta?
Ainda não tive um encontro com o presidente do clube.

Você já está se sentindo em casa novamente?
O meu único problema aqui no Vasco foi com o Eurico. Não tive problema com nenhuma outra pessoa, muito pelo contrário. Muitos me ajudaram aqui, eu ajudei outros. Estou muito feliz aqui em São Januário.

Fonte: ge