Futebol

Laterais do Vasco são armas de Dorival

A temporada começou com os laterais Leonardo Moura e Juan, do Flamengo, considerados como os melhores do Brasil. Do outro lado, em São Januário, sem tanto alarde, Paulo Sérgio e Ramon chegaram ao Vasco para fazer parte da reconstrução do clube. Quase três meses depois, a realidade se inverteu. Enquanto a dupla vascaína encheu os olhos pela eficiência, os badalados laterais rubro-negros entraram em declínio, como numa gangorra.

Paulo Sérgio e Ramon são dois opostos que se complementam. O primeiro veste a tradicional camisa 2 de um lateral-direito e é o símbolo da seriedade. Calado, se dedica como poucos nos treinamentos e mostra fôlego invejável mesmo aos 30 anos. Mas nem por isso deixa de ser eficiente. Muito pelo contrário.

Com boa capacidade de marcação, vai à frente com segurança e capricha nos cruzamentos, em sua maioria precisos. Não à toa, já deu três assistências para Nilton marcar gols de cabeça no Carioca. Hoje, no Vasco, ninguém sente a menor saudade de Wagner Diniz. E tampouco contesta a titularidade de Paulo Sérgio na equipe.

Mesmo caso vive Ramon. Mas, ao contrário de seu companheiro pelo lado direito, o lateral-esquerdo é a marca da descontração. Talvez empolgado pelo fôlego da juventude que o leva a arriscar dribles e passar por adversários, Ramon optou por usar a camisa 33 em vez da tradicional 6 para quem joga na esquerda. Aos 20 anos, o garoto abre um sorriso gostoso ao ser perguntado sobre sua primeira participação num Flamengo x Vasco.

– Todo atleta que joga no Rio de janeiro sonha disputar um Flamengo x Vasco, o maior clássico do Brasil. Será a realização de um sonho – disse Ramon.

E no embalo da boa fase de seus laterais, o Vasco sonha com a vitória no clássico. Indo, literalmente, pelas beiradas.

Fonte: Lancenet!