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Justiça decide que beneméritos têm de retornar ao Vasco

O Vasco voltou a conviver com uma decisão judicial que movimentará o ambiente político do clube. Na sexta-feira, a juíza Katia Cilene da Hora Machado Bugarim, da 42ª Vara Cível do Rio de Janeiro, decidiu que 28 beneméritos - anteriormente suspensos - têm de retomar as suas funções. Como isso, o pedido para que o presidente Jorge Salgado dê explicações sobre o fracasso do futebol em 2021 deve andar no Conselho Deliberativo.

Foi o jornal Lance! que revelou inicialmente a informação da decisão judicial. Posteriormente, o ge a confirmou.

A pauta do Conselho Deliberativo está parada desde outubro, quando o presidente Carlos Fonseca se deparou com uma liminar que manteve a suspensão dos beneméritos - eles são, na verdade, 27, afinal, um faleceu recentemente. O dirigente pediu pareceu jurídico sobre a ação que tramitava desde 2017 ao clube, que confirmou a suspensão.

Diante da dúvida sobre se o grupo de beneméritos tinha o direito ou não de constar no quadro do Conselho Deliberativo, Carlos Fonseca cancelou duas sessões: a aprovação de contas de Alexandre Campello e análise de relatório da Comissão Especial de Integridade e Compliance. Havia o temor de que qualquer deliberação fosse contestada na Justiça sob o argumento de inclusão de votantes ilegais ou exclusão de votantes legais.

Neste meio tempo, a oposição vascaína, comandada pela Sempre Vasco, se mobilizou para conseguir o mínimo de assinaturas necessárias (60) para convocar Salgado. A primeira listagem tinha 19 beneméritos suspensos, o que trouxe dúvidas sobre a validade dela. Carlos Fonseca não se manifestou oficialmente sobre o ofício.

Com a decisão que liberou os 27 beneméritos, a oposição voltou a protocolar o pedido de convocação. Na sexta, o fez. Com 70 assinaturas, o que indica mais apoio em cobrar após a permanência do time na Série B. Conforme o estatuto, Carlos Fonseca tem cinco dias para se manifestar sobre.

A reta final de dezembro será movimentada no Conselho. Além das contas de Campello e do relatório da Integridade, há outra pauta pendente: o orçamento para 2022 tem de ser votado até 31.

É provável que o orçamento seja priorizado assim como a convocação de Salgado. Nenhuma delas, porém, tem data para ocorrer.

Foto: João Pedro Isidro/Vasco

Fonte: ge