Torcida

Justiça absolve torcedor do Vasco que se envolveu em briga em 2013

Um dos torcedores do Vasco envolvidos na briga generalizada na Arena Joinville oito anos atrás foi absolvido nesta terça-feira. Na época, a pancadaria entre torcedores do Vasco e do Athletico-PR (que mandava a partida em Joinville), acabou com pessoas feridas, três presos e imagens chocantes de violência que rodaram o Brasil.

No julgamento, o torcedor Arthur Lima foi absolvido dos crimes de tentativa de homicídio, lesão corporal, roubo e dano qualificado. Ele foi condenado apenas por incitação à violência, um crime previsto no Estatuto do Torcedor. A pena é de um ano em regime aberto.

O julgamento começou por volta das 13h (de Brasília) desta terça-feira e terminou às 19h, com a sentença do acusado. Morador do Rio de Janeiro, ele veio a Joinville para a audiência. Lima chegou a ser um dos torcedores presos na época da briga, mas foi solto meses depois e respondeu ao processo em liberdade.

O caso ocorreu no dia 8 de dezembro de 2013. A briga começou logo após o início do jogo, quando o time paranaense já vencia o Vasco por 1 a 0. O árbitro, Ricardo Marques Ribeiro, precisou paralisar a partida por causa da briga entre os torcedores dos dois times. A selvageria aconteceu em um ponto de separação da arquibancada entre as duas torcidas.

À época, relatos de pessoas que testemunharam à cena, dão conta que tudo aconteceu rapidamente. Alguns torcedores levaram pisões na cabeça, mesmo já caídos ou desacordados. Os jogadores chegaram a pedir, perto da torcida, que cessassem a violência. As testemunhas também contatam que não havia policiais ou cordões de isolamento durante a partida naquele dia.

Na confusão, quatro torcedores ficaram feridos e tiveram que ser socorridos. O caso mais grave foi o de um torcedor que precisou ser encaminhado ao Hospital São José pelo helicóptero Águia, da Polícia Militar.

Em 2018, um dos torcedores envolvidos foi condenado a 10 anos de prisão. As cenas da pancadaria rodaram o Brasil e geraram, na época, uma série de protestos contra a violência nos estádios.

 

Fonte: ge