Futebol

Jurídico do Vasco pode entrar com processo no STJD

A direção do Vasco estuda o Regulamento Geral de Competições da CBF e analisa uma possível ação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva colocando em questão à continuidade da partida após a briga e a paralisação acima do prazo limite permitido pelas diretrizes do campeonato. O jogo foi interrompido por mais de uma hora, quando o Atlético-PR já vencia por 1 a 0. A goleada sofrida (5 a 1) determinou a segunda queda do clube para a Segunda Divisão em cinco anpos. O diretor jurídico do Vasco, Gustavo Pinheiro, aguarda o retorno do presidente

Roberto Dinamite e um encontro da cúpula do futebol para decidirem se levam o caso adiante e entram com processo no STJD.
No artigo 21 do regulamento de competições da CBF, entre os motivos previstos para uma partida ser adiada, interrompida ou suspensa estão: 'falta de garantia', 'conflitos ou distúrbos graves, no campo ou no estádio', 'procedimento contrários a disciplina por parte dos componentes do clubes e/ou de suas torcidas' e ainda 'ocorrência extraordinária que represente uma situação de comoção incompatível com a realização ou continuidade da partida'. No parágrafo único, as diretrizes da CBF preveem que o jogo interrompido pode ser suspenso se a causa da paralisação não acabar em 30 minutos, com possibilidade de acréscimo de mais 30 minutos, caso o árbitro entenda que o motivo da paralisação será resolvido.

A partida entre Atlético-PR e Vasco foi paralisada aos 14 minutos. A briga entre torcidas organizadas na arquibancada e atendimentos de feridos paralisaram o jogo por 71 minutos, 11 a mais do que o previsto no regulamento da competição. O texto diz que o árbitro pode, 'a seu critério', suspender o jogo mesmo que o chefe de segurança ofereça garantias.

O diretor do Vasco não comenta ainda qual estratégia o clube estuda, mas admite a análise do caso com o departamento jurídico do clube. Se a partida fosse interrompida, mesmo o clube causador - no caso, responsável pelo jogo (o Atlético-PR) - tivesse vencido o jogo, o perdedor seria declarado vencedor por placar de 3 a 0. Como mandante da partida e responsável pela segurança no estádio, o time paranaense pode ser penalizado no STJD pela briga em Joinville.

- Ainda estamos examinando o caso, vamos nos reunir e discutir o que vamos fazer. Vai depender do presidente, ele está voltando de viagem ainda, é uma decisão do clube. Vamos ver com o Roberto, com o (Antônio) Peralta (vice geral), o Ercolino (de Luca, vice de futebol) e o Roberto Duque Estrada também (vice jurídico do Vasco). Vou passar para eles nossas conclusões - disse Gustavo Pinheiro, que respondeu da seguinte maneira sobre uma possível repercussão negativa para o caso do jogo ser levado para o tapetão. - Regulamento é regulamento. Regras precisam ser cumpridas.

Na partida deste domingo, o presidente Roberto Dinamite defendia a suspensão da partida. Em São Januário, há quem entenda que pelo fato de ter voltado ao jogo, o clube perdeu o direito de conseguir conquistar os pontos da partida, resultado que deixaria o Vasco fora da zona de rebaixamento. Em crise financeira, técnica, política e institucional, o caso promete agitar mais ainda os bastidores do clube.

Fonte: ge