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Juniores: Entrevista com o atacante Cícero Dazzi

Alegria e superação. Essas foram as palavras com as quais o entrevistado de hoje do Blog CRVG (http://www.blogcrvg.com/) definiu sua vida no Vasco.

Com muita luta e humildade, Cícero Dazzi vai buscando seu espaço no clube e em nossa conversa, o jovem atacante revela detalhes de sua carreira, fala de seu tempo de Vasco, comenta planos para o futuro e muito mais.

Confira o bate-papo com Cícero Dazzi, atacante da base vascaína:

Pra começar, apresente aos leitores.


Meu nome é Cícero Dazzi Bobbio, sou de Linhares, Espirito Santo, tenho 17 anos e sou atacante do Juniores do Vasco da Gama.

Fale um pouco sobre sua carreira. Por onde passou antes de chegar ao Vasco? E quando foi que chegou ao clube?

Eu jogava no time do Linhares e fomos fazer um amistoso contra o Vasco. Foi então que o Alvaro Miranda, que na época tomava conta da base do Vasco, gostou de mim e me chamou para ficar e fazer alguns testes com o time infantil, na época treinado pelo treinador Marcos Alexandre Cravo. Ele gostou de mim e, com duas semanas eu já estava federado e treinando com o grupo principal.

Quais são as suas principais características em campo?

Na verdade, eu não gosto de falar de mim, eu prefiro que os outros falem, mas posso dizer que tenho características de centroavante, boa altura, força, gosto de jogar fazendo o papel de pivô, mas minha principal e mais forte característica é o cabeceio.

Você já assinou um contrato com o time. Até quando vai esse contrato?

Assim que eu completei 16 anos, eles me chamaram pra assinar meu primeiro contrato profissional, que vai até setembro de 2012.

Você está no Vasco desde a categoria infantil, ou seja, o clube está presente em boa parte de sua vida. O que o Vasco representa pra você?

O Vasco já representa uma vida para mim, eu vivi e vivo ainda, a maior parte da minha adolescência, abrindo mão de tudo que um adolescente \"normal\" pode fazer, para me dedicar totalmente ao futebol.

Enfrentou obstáculos durante esse tempo? Quem ajudou a superá-los?

Enfrentei muitos. O principal foi ano passado, quando operei meu joelho. Fiquei 5 meses parado em função do clube não conseguir marcar minha cirurgia. Perdi uma boa parte do meu último ano de juvenil, mas com ajuda da minha família e principalmente de Deus, eu consegui voltar em julho, e fui titular em todos os jogos, mesmo sem muito ritmo de jogo, e com alguns quilos acima do peso.

Além de jogar há um bom tempo no Vasco, você mora no clube. Como é a vida em São Januário? Costuma ir aos jogos do time profissional no estádio?

Não é uma vida fácil, pois são costumes totalmente diferentes dos que eu tinha em casa. Mas o tempo e as muitas amizades conquistadas aqui, fizeram eu me acostumar com tudo isso, e hoje com 4 anos de clube já não vejo mais dificuldades. E eu vou a todos os jogos do profissional que são realizados aqui.

No final do ano passado, você foi para a categoria Junior. Qual a importância de ser \"promovido\"? Acha que ganha experiência?

Fiquei muito feliz quando me disseram que eu iria subir, e que eu estava entre os 30 inscritos para a Copa São Paulo. Acabei não indo disputar, mas não fiquei muito abatido, pois sei que eu tenho idade para jogá-la no ano que vem.

Essa lesão, como você mesmo disse, te prejudicou. Você ficou cinco meses parado. Que lesão foi essa? Como foi dar a volta por cima?

Foi uma lesão no menisco do joelho, era pra ser resolvida em menos de 2 meses, mas acabei ficando 5 meses parado. Foi muito dificil ficar tanto tempo sem fazer o que eu mais gosto e perdendo ritmo, ganhando peso, ouvindo piadinhas que eu estava gordo, mas aquilo me animou para voltar com mais vontade de vencer, e logo que voltei no mês de Julho, fui jogar a Copa Brasil sub-17 no Espirito Santo. O treinador Tornardo confiou em mim, e me colocou mesmo sem ritmo de jogo, e logo na primeiro partida eu fiz 3 gols. Saimos do campeonato nas quartas-de-final, mas eu fui o vice artilheiro do campeonato com 5 gols. Foi ai que eu achei a alegria de novo e começei a dar a volta por cima.

Você já foi artilheiro da Copa Gazetinha em duas categorias. Fale um pouco sobre esses feitos. Qual a importância desse destaque? Quantos gols fez?

Na verdade, essa copa Gazetinha foi disputada só por times do Espirito Santo, os principais times. Era muito bom jogar esses campeonatos, pois vinham muitos olheiros de times grandes observar os jogos. E naquela época eu era só uma criança que tentava uma vaguinha em algum time grande. Na sub-11 eu fiz 10 gols em 5 jogos. Na sub-13 eu não me recordo.

Existe algum jogador no atual elenco profissional do Vasco que você admire?

Gosto do Ramon, apesar de posições totalmente diferentes, ele é meu amigo pessoal e também é Capixaba assim como eu.

E no futebol mundial, quem é o seu ídolo?

Apesar de ter jogado no maior rival do Vasco, eu procuro ver o Adriano jogando, pois as suas característas são parecidas com as minhas: Canhoto, alto, forte, chute forte e bom no jogo aéreo

Qual o seu maior sonho como jogador de futebol?

Tenho metas: Primeiro me profissionalizar no Vasco, depois jogar em um grande clube na Europa e chegar a seleção brasileira.

Pra terminar, deixe um recado para o torcedor do Vasco.

Saudações vascainas, e podem esperar, porque se Deus me permitir chegar ao profissinal do Vasco, vou fazer de tudo para dar muitas alegrias e títulos para essa torcida maravilhosa e apaixonada que merece isso e muito mais.

Fonte: Blog CRVG