Juninho receberia despedida no Maracanã, caso ficasse no Vasco
O Vasco queria fazer um novo contrato com Juninho de toda maneira. E pelo tempo que o jogador concordasse. Seis meses ou um ano, como ele quisesse. Era prioridade e uma aposta política do presidente Roberto Dinamite, muito desgastado pelas perdas recentes de jogadores e constante alvo de críticas da torcida - nesta terça-feira, de tarde, está marcado um protesto em frente à sede de São Januário. Entre as ideias que pintaram na mesa para seduzir o camisa 8 havia até uma despedida no Maracanã, como o próprio Dinamite teve em 1993. A negociação envolveria a utilização do estádio após a Copa das Confederações, em agosto.
O veterano conversou com diversas pessoas do clube nas últimas semanas. Ficou animado com a chegada do diretor executivo René Simões e também com o novo diretor geral Cristiano Koehler, que deve finalmente se despedir do Grêmio nos últimos dias e retornar ao Vasco. Mas o Reizinho sabia das dívidas com funcionários e se sentia desconfortável em receber garantias financeiras do clube. Por outro lado, em nota oficial, Dinamite fez questão de dizer que o Vasco estava preparado e ativo para manter o atleta.
O vice de finanças do clube, Nelson Almeida, contou que Juninho vai começar a estudar gestão esportiva e que ainda pensa em retornar ao Vasco, mas numa função gerencial.
- Falei para ele: joga mais um ano e volta para o Vasco. Quem sabe não vira sucessor do Roberto. Ele disse que achava muito cedo, que devia se preparar melhor. Mas quem que entraria no clube e prescindiria do Juninho? - questionou Almeida, que somente ontem assinou mais dois contratos de mútuo (um de cota de R$ 300 mil, outro de R$ 600 mil) para que o clube pagasse dívidas, FGTS e direitos de imagens dos principais jogadores.