Juninho-PE não descarta encerrar a carreira no Sport e Vasco
No Recife desde domingo, Juninho Pernambucano, ex-seleção brasileira, interrompeu suas férias para se apresentar, ontem, como embaixador do Estado na empreitada de receber a Copa de 2014. Na ocasião, ele revelou que poderia encerrar a carreira no Sport. Jogaria quatro meses no Sport e quatro, no Vasco. Mas isso não é uma promessa.
O que te fez aceitar o convite para ser o embaixador de Pernambuco no sonho de ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014?
Primeiro sou jogador, vivo o futebol. O futebol faz parte da história mundial. Depois, Pernambuco merece receber uma Copa do Mundo. Fui convidado por um amigo que trabalha na Secretaria de Esportes. Demorei um pouco para responder porque tudo na minha vida é muito pensado, estudado. Senti a seriedade do projeto e resolvi aceitar. Agora conhecemos todas as exigências. É importante saber que não será fácil. Mas vou ajudar.
Como você acha que pode ajudar, sendo o embaixador do Estado?
É uma situação nova na minha vida. Mas estou aqui com o maior prazer. Não é a minha presença que vai assegurar a Copa em Pernambuco. Mas, nas oportunidades que tiver, vou levantar a bandeira de Pernambuco. Sempre que puder, vou lembrar que o Estado tem três grandes clube e dois deles estão na Série A. E isso é muito difícil. Além disso, mantenho minha postura de profissional séria, dentro e fora do campo, para mostrar que nós pernambucanos somos dessa maneira. Espero que meu nome possa causar uma reação positiva.
Depois de ser hexacampeão francês pelo Lyon, quais são suas metas?
Renovei o meu contrato por mais três anos. Não posso pensar em outra coisa, senão fazer o meu melhor na França. Lá, tive sorte e felicidade. A pressão é muito grande, mesmo sendo hexacampeão. Mas me cuidei muito durante a carreira e chego muito bem aos 32 anos. Sei que posso dar um pouco mais a equipe.
O Sport está na primeira divisão. Tem acompanhado?
Sou torcedor do Sport desde pequeno. Não só eu, como toda a minha família fora o meu pai. Estou orgulhoso. Agora, é crescer na competição, ganhando principalmente os jogos em casa. Sempre escutei de outros atletas que é difícil ganhar na Ilha. Com o time que está aí, quem sabe não dá para alcançar uma vaga na Copa Sul-Americana? Vou assistir aos jogos na França.
Você encerraria a carreira no Sport?
Renovei meu contrato por mais três anos. Acho que posso jogar bem este período. Depois, e não é uma promessa, se ainda estiver em atividade e com qualidade, sem enganar ninguém, não descarto jogar, por exemplo, quatro meses no Sport e quatro meses no Vasco, para aí sim encerrar definitivamente a carreira.
É mais forte o que você sente pelo Sport ou pelo Vasco?
Sempre fui torcedor do Sport, no qual me deparei com os meus primeiros ídolos. Lembro de tudo. Agora, acho que fiz pouco no Sport. Fiquei apenas um ano e meio. E quando você se torna profissional, perde um pouco do torcedor. No Vasco fiz mais. Passei cinco anos e meio. Também sou muito agradecido por ter jogado lá. No último jogo em que os dois se enfrentaram, torci para que o melhor vencesse.
Quer ser técnico?
Me sinto preparado para isso. Depois de mais três anos na França principalmente. Se for o caso de ser técnico na Europa, tenho capacidade e espírito de liderança para exercer a profissão.
- SuperVasco