Juninho: "Nenhuma torcida reconhece jogadores como a do Vasco"
Em meio a tantos exemplos de idolatria, devoção e amor oferecidos a Juninho Pernambucano, sobrou espaço para a retribuição em grande estilo. O meia, que vai reestrear pelo Vasco no início de julho (contra Corinthians, no dia 6, ou Inter, no dia 9) não teve dúvidas ao cravar que a torcida cruz-maltina é a que mais tem memória e trata quem marcou história em São Januário com um carinho verdadeiro. Esse e outros assuntos foram abordados na entrevista especial que o \"SporTV News\" trouxe com o craque na última segunda-feira.
O Reizinho da Colina também falou sobre como encontra o futebol brasileiro dez anos depois de sair, sobre sua passagem pela Seleção Brasileira e a respeito da possibilidade de estar na Libertadores de 2012 com a camisa do Vasco.
Confira abaixo os trechos da exclusiva com Juninho:
Recepção e música em homenagem
- Sei que vou ouvir a música e ela vai me acompanhar durante os jogos em São Januário. Também é legal para os garotos que estão lá, porque a torcida do Vasco tem esse diferencial. Acho que nenhuma reconhece um jogador vitorioso, que marca a história, como a do Vasco.
Mudanças no futebol brasileiro
- O futebol mudou para melhor, agora temos um campeonato por pontos corridos, mais organizado. A evolução física dos jogadores foi muito grande, os jovens têm tido uma base muito boa. Os clubes investem mais em marketing, temos filmes, livros sobre fatos e história. Tem havido mais ligação da imagem do jogador ao clube. E continuamos revelando talentos de qualidade, como Neymar, Ganso, Lucas e Bernardo. Sempre cito esses quatro. Ninguém no mundo é mais inteligente jogando que o brasileiro. Tem a malandragem. Talvez por isso cave tanta falta. Eu aprendi que era normal fazer isso quando criança (risos). Na Europa, vai ser vaiado até pela torcida do próprio time se fizer isso.
Quando decidiu retornar
- Sempre pensei em voltar e curtir. Cito que Romário e Edmundo estavam sempre acima, e nós, mais jovens, conseguimos ajudá-los. Os títulos foram marcantes e, coincidentemente, os dez anos seguintes foram muito tristes para os vascaínos, até com a ida para a Segunda Divisão. E ele vai lembrar da geração mais recente, da qual eu fiz parte, que foi a última a ter dado alegria.
Seleção Brasileira
- Não guardo mágoa nenhuma, cada um tem sua história (na Seleção), eu tive a minha. Não é algo que me incomoda, só não marquei minha passagem com um título mundial. Por isso, digo que não foi como eu queria. Tive prazer de jogar com tantos grandes jogadores, como Ronaldo, Ronaldinho, Roberto Carlos, Kaká. Fiz entre 35 e 40 jogos, seis gols e fui campeão da Copa das Confederações.
Reação antes da festa em São Januário
- Era a mistura de ansiedade, receio, com felicidade, emoção, isso tudo. Eu me senti também um pouco constrangido porque outros jogadores mereciam, já pararam e não tiveram isso (recepção de gala). Não aceito certas coisas com naturalidade, sempre fui assim. Não consegui aproveitar os grandes momentos da minha carreira e sei até que vou me arrepender disso depois.
Contrato e participação na Libertadores
- Tenho confiança de que tudo vai dar certo. Prefiro desse jeito (compromisso curto) porque, se as coisas não saírem bem, vou tranquilo para a casa e saio pela porta da frente.
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