Juninho fala sobre problema com Felipe e jogo de despedida
O futuro de Juninho Pernambucano no Vasco ainda é uma incógnita. Fora do time desde o início de novembro por causa de uma lesão muscular na coxa direita, o apoiador ainda não decidiu se vai continuar defendendo o clube em 2014. A diretoria tenta convencê-lo a jogar ao menos o Campeonato Carioca. Se tudo der certo, o Reizinho deve ter novamente a companhia de Felipe. Depois de defender o Fluminense, o meia deve voltar a São Januário para encerrar a carreira. Em entrevista à Rádio Globo, o camisa 8 afirmou que a relação entre os dois sempre foi boa, mesmo que tenha passado por algumas turbulências recentemente.
- Joguei com o Felipe a partir de 1996, quando ele subiu para o profissional e eu já estava no clube. Sempre tivemos uma relação boa. Eu casei muito cedo e o Felipe era mais jovem. Por isso a gente não se encontrava fora do clube, por exemplo, mas a relação era boa. Quando eu voltei em 2011, o Vasco tinha acabado de ser campeão da Copa do Brasil, um título após quase dez anos de jejum. O Felipe é o maior vencedor da história do clube. Quando eu cheguei foi uma grande festa. Era até natural receber esse reconhecimento do torcedor até porque no Brasil eu só joguei no Vasco. E fiz isso por decisão minha. É algo que conta para mim. Mas se existem vaidades no grupo, problemas e discussões, ninguém vai ter razão em 100% das vezes. Pedi a camisa 8 e recebi a faixa de capitão mesmo sem pedir. Obviamente demorei a me encaixar no grupo. O time era bom e quase foi campeão brasileiro. No ano seguinte realmente não joguei todos os jogos da Libertadores. Com o Carioca disputado ao mesmo tempo, deixei o Cristóvão à vontade para fazer o que ele achasse melhor. Se quisesse me deixar fora não teria problema algum. Ai coincidiu de o Felipe jogar os jogos fora de casa e eu atuar em São Januário. O Felipe não entendeu isso muito bem e achou que tinha sido uma exigência minha. Claro que fora de casa é mais desgastante, mas teve uma vez que voltamos de uma partida fora e o Cristóvão me chamou de manhã. Disse que estava na dúvida e querendo colocar eu, Felipe e Eduardo Costa no jogo em São Januário. Falei que achava que o meio-campo ficaria pesado e ele me tirou. Não teve problema, aceitei numa boa. Então acabou que eu e Felipe discutimos em algumas situações assim, mas nunca foi nada demais - frisou.
Certo é que o adeus de Juninho está cada vez mais perto. E ele sonha com um jogo de despedida contra o River Plate, da Argentina, para relembrar da semifinal da Copa Libertadores de 1998. Mas o apoiador quer algo diferente.
- Já tenho um jogo acordado em Lyon e tudo indica que vai ser realizado. Mas eu não queria uma partida de despedida como todos fazem. Claro que tenho muitos amigos e seria legal estar com eles, mas eu queria um jogo de verdade, no qual eu pudesse perder. Quero estar em forma, não simplesmente jogar por jogar. Quero competir e esse sempre foi o meu diferencial. Foi o que eu passei para o meu empresário. Só vou jogar se estiver bem. Não adianta ficar meses parado e organizar um jogo sem nem conseguir correr direito. Quero que o adversário venha para ganhar. Isso vai ser bom até para o torcedor que verá um jogo competitivo. Se eu perder o jogo, paciência. Por isso acho que o mais fácil em 2014 é jogar o Campeonato Carioca e depois fazer um jogo contra o River Plate em São Januário. Mas um jogo valendo, até porque os argentinos também não vão querer perder - resumiu o jogador.
Fonte: geMais lidas
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