Futebol

Juninho emplaca 3 jogos inteiros atuando pelo Vasco

Já são 270 minutos consecutivos sem sair de campo. Juninho vive, talvez, seu melhor momento fisicamente no Vasco, por ter tempo de se preparar de forma ainda mais adequada para os jogos. A \"ajudinha\" do calendário, que neste início de Brasileirão só prevê rodadas aos fins de semana - somada à eliminação do clube na Libertadores -, garantiu ao meia uma sequência, com três gols e também a certeza de que estender a carreira é o caminho natural.

O trabalho realizado com a comissão técnica é basicamente o mesmo desde que chegou, em maio do ano passado. Ainda assim, o Reizinho evoluiu, contradizendo o status de veterano para o futebol que sua carteira de identidade aponta. Regado a uma boa alimentação, descanso e atividades pessoais fora de São Januário, costuma ficar dois dias na semana sem treinar com bola para relaxar e fortalecer os músculos. O resultado é destacado com orgulho pelo preparador físico Vasco Rodrigo Poletto, que não se surpreende com a qualidade exibida aos 37 anos.

- Ele vem jogando assim desde sempre, na verdade. Temos o cuidado de não colocá-lo em uma sequência que envolva jogos com intervalos pequenos e viagens longas. A consciência do Juninho faz a diferença com relação à recuperação necessária para o trabalho diferente dele. Faz até mais do que as recomendações passadas aos atletas. Tem sido cada vez melhor, mais encaixada e integrada essa rotina. A individualização acontece também com Felipe e outros, já que cada idade, cada organismo pede exercícios físicos específicos - explicou.

Perto de concretizar a renovação de seu contrato com o Vasco, Juninho diz ainda sentir-se apto a jogar em alto nível. Os profissionais que acompanham o dia a dia do jogador em são Januário confirmam e vão além. Seguindo a rotina de uma partida por semana - já que a equipe não disputará outra competição no segundo semestre que não o Brasileiro -, o Reizinho poderá chegar igualar o feito de outros jogadores de meio-campo que disputaram títulos e fizeram a diferença mesmo na fase final de suas carreiras. Os exemplos mais marcantes são os de Júnior (campeão brasileiro pelo Flamengo aos 38 anos), Toninho Cerezo (campeão mundial pelo São Paulo aos 37) e Valdo (maestro da campanha da volta ao Botafogo à Série A aos 39 anos).

- Acredito que ele jogue mais tempo. Os treinos modernos mudaram muito o futebol. O acompanhamento é mais profissional e completo. O atleta que se cuida tem a tendência de jogar mais. É o caminho daqueles que têm um alto nível. Trabalhei com o Antônio Carlos (Zago, ex-zagueiro) aos 38 anos, no Juventude, jogando muito bem. Depois, ainda foi para o Santos - destacou Rodrigo Poletto.

........Massagem especial, medicina ortomolecular....... -

- Quando não jogos no meio da semana, o Juninho ganha dois treinamentos fortes e, assim, pode se dedicar mais ao aprimoramento físico e técnico. Quando há jogos quarta ou quinta-feira, é praticamente só recuperação.

- É perceptível e clara a diferença quando há uma semana inteira somente de treinamentos. Assim, ele tem mantido o nível de força, um processo que é mais lento quando o jogador tem mais idade.

A rotina do Juninho é mais ou menos essa:
jogo no meio da semana:
Segunda - recuperação
Terça - recreativo
Quarta - jogo
Quinta - regenerativo
Sexta - treino físico específico
Sábado - recreativo
Domingo - jogo

Sem jogo no meio da semana

Segunda - folga
Terça - regenerativo
Quarta - treino técnico/físico
Quinta - treino técnico/físico
Sexta - treino físico específico
Sábado - recreativo
Domingo - jogo

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Fonte: ge