Futebol

Juninho desabafa contra a CBF e diz que Brasileiro pode ser paralisado

 Em uma das últimas entrevistas coletivas da carreira, o meia Juninho Pernambucano não deixou de soltar o verbo contra a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) no que diz respeito ao Bom Senso F.C. O veterano deixou claro que a entidade não recebeu bem o movimento e revelou a possibilidade clara de uma pausa no próximo Campeonato Brasileiro caso as reinvindicações para a temporada 2015 não sejam atendidas pelos dirigentes que comandam o futebol no país.

"A CBF não recebeu o Bom Senso como deveria e não respeitou o movimento. Já existe uma mobilização caso não sejamos atendidos. A tendência é a de que o Brasileiro tenha uma paralisação de jogos e não mais protestos. Isso vai acontecer se as reivindicações de forma geral não forem respeitadas a partir do ano que vem. O Bom Senso entendeu que o ano é de Copa do Mundo independente de outras situações e seria complicado mexer nas coisas agora", revelou o ídolo vascaíno.

"Não vamos parar as competições no momento para não prejudicar os jogadores de times pequenos durante os regionais. Mas vai acontecer claramente no Brasileiro caso a CBF não adote as requisições. Acreditamos que temos tudo para um super Campeonato Brasileiro. Essa é a intenção do Bom Senso, mas a tendência é a de que as coisas não evoluam desta forma atual", completou.

Juninho aproveitou a criticou duramente a exposição do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) desde o encerramento do último Brasileirão. Ele reprovou qualquer tentativa de "virada de mesa" e confirmou o desejo de que o Vasco retorne à elite através da disputa em campo na Série B da competição nacional.

"Sou a favor de 20 equipes na primeira divisão. Sou contra a virada de mesa. Não quero criticar o STJD, mas também sou contra a sua exposição. Um procurador dar entrevista toda semana, ter o celular aberto. Toda essa confusão é prejudicial. O futebol tem que ser resolvido em campo, como foi o nosso caso. Lamentavelmente, fiz parte desse grupo e tenho a minha parcela de culpa na queda. Mas é honroso voltar disputando a Série B. Respeito o direito de cada um e conheço de futebol mais do que muita gente do STJD. Esse excesso de exposição é ruim", encerrou.

Fonte: UOL Esporte