Júlio César, do QPR, estaria na mira do Vasco
Dentre os vários fracassos do Palmeiras em 2012...
Um chama a atenção.
E magoa os torcedores com boa memória.
Há décadas o time nunca esteve tão mal de goleiros.
As falhas de Raphael Alemão na deprimente derrota para o Atlético Goianiense doeram.
Mas foram apenas mais duas.
Desde que Marcos anunciou a sua aposentadoria tem sido um tormento.
Deola e Bruno e agora Raphael Alemão se sucederam nos vexames.
Traíram a esplêndida escola de goleiros que o Palmeiras se orgulhava.
Todos no Palestra Itália apostavam em Deola, inclusive Marcos.
Ele não só se preparou, mas nas vezes em que entrou no lugar do ídolo em 2011, foi muito bem.
Mas chegou 2012 e a camisa de titular lhe foi atirada nos ombros.
A reação foi a pior possível.
Luiz Felipe Scolari já estava com ele atravessado na garganta.
Por um triz não foi dispensado no ano passado quando ficou a lado de Kléber.
Os dois queriam que o Palmeiras não enfrentasse o Flamengo por causa da agressão a João Vitor.
Ainda ficou revoltado quando Kléber foi afastado para não mais jogar no clube.
Se não fosse pelo preparador de goleiros zen-budista Carlos Pracidelli, não teria mais chances com Felipão.
Teve e as desperdiçou.
Se mostrou muito inseguro, afobado, reclamão.
Já havia sinais do fraco elenco palmeirense.
Mas Felipão fez questão de não enxergar.
Ficou ao lado do time e o colocou na alça de mira.
Veio a eliminação do Palmeiras do Campeonato Paulista.
Deola foi responsável pela eliminação contra o Guarani.
Era a deixa que Scolari queria para fixar Bruno.
De personalidade dócil, bons reflexos, mas nada de excepcional.
O que tinha de bom era que não questionava ninguém.
Virou titular.
Poupando jogadores para a Copa do Brasil, Felipão precisou do reserva Deola.
O colocou para jogar com uma equipe mista diante da Ponte Preta em Campinas.
O goleiro rebelde falhou feio outra vez e deu a vitória ao time campineiro.
Aí não houve perdão.
Arrumou as malas e foi emprestado para o Vitória.
Bruno se fixou como titular.
Foi campeão da Copa do Brasil.
Mas a Comissão Técnica de Felipão nunca se empolgou com ele.
Os fantasmas de Leão, Zetti, Velloso e, principalmente, Marcos o atrapalharam.
O Palmeiras se acostumou a ter um grande goleiro na sua história.
E Bruno é pouco mais do que esforçado.
Calado demais para os momentos palpitantes que culminaram com o rebaixamento no Brasileiro.
Não fez nada demais nas partidas em que o Palmeiras precisava dele desesperadamente.
Antes disso, empresários já haviam entrado em contato com Dida.
Seu contrato termina no final do ano com a Portuguesa.
O veterano goleiro voltou ao futebol muito melhor do que todos poderiam supor.
Aos 38 anos, o goleiro titular da Copa de 2006 preservou sua forma.
E tem feito ótimas partidas pelo fraco time de Geninho.
Se há chances reais de escapar do rebaixamento é graças a ele.
Seu salário entusiasmou Tirone, R$ 100 mil.
É uma bagatela para quem paga R$ 375 mil a Valdivia.
Paulo Nobre, um dos candidatos à presidência tem outro sonho.
Ele acionou empresários para saber a situação de Júlio César.
O goleiro titular da Copa de 2010 está no Queens Park Rangers.
Nunca passou por tantos vexames na sua vida.
O time é o lanterna do Campeonato Inglês.
De 13 partidas, não ganhou sequer uma.
Foram nove derrotas e quatro empates.
Marcou dez gols e tomou 26 gols.
O time é fraquíssimo, virtual rebaixado para a Segunda Divisão.
O Palmeiras já o havia tentado em 2011.
Não houve o acordo porque o QPR ofereceu R$ 530 mil mensais.
O contrato é de quatro anos.
Mas o goleiro está se cansando das humilhações.
Ainda sonha com Copa, ainda mais agora que Mano foi demitido.
Empresários ligados ao Vasco disseram a Roberto Dinamite que é possível repatriá-lo.
Pessoas ligadas a Paulo Nobre souberam da notícia e Júlio César voltou a fazer parte da lista.
Com muito menos chance do que Dida, mas pode ser um trunfo se o milionário Paulo Nobre for eleito.
Deola acaba de subir com o Vitória.
Fez uma boa Série B.
Não excepcional, fantástica.
Foi realmente boa.
Seu contrato de empréstimo termina no final do ano.
Bruno quer continuar, desde que seja titular, gostou da experiência.
O problema é que muita gente importante no Palmeiras não o vê como goleiro do clube.
Raphael Alemão está longe de ter maturidade para um ano tão importante quanto 2013.
Além da Série B, é ano de Libertadores da América.
Tirone, Pescarmona, Perin e Paulo Nobre concordam em uma coisa pelo menos.
A necessidade de um goleiro que transmita confiança para a torcida.
E querem esquecer a tradição do clube de formar seus goleiros.
A decisão é de trazer de fora, mesmo.
Tirone em fevereiro já não teve a menor consideração pela tradição.
E demitiu de forma humilhante Valdir Joaquim de Moraes.
Muito mais do que consultor do time.
Ele tinha olho clínico para pedir para Pracidelli aprimorar os goleiros palmeirenses.
Um dos grandes ídolos do clube foi despachado sem constrangimento.
Justo quando o clube começava a viver sem Marcos.
Mais um feito com a assinatura Tirone.
Ele é responsável pelo Palmeiras não ter um goleiro de confiança.
E precisar bater na porta de Dida e mandar recado a Júlio César...