Julio César: "A chegada do Jorginho foi essencial"
Uma história de superação, suor e lágrimas, recheada de tensão e incerteza. Ainda falta escrever o último capítulo, que promete grandes emoções, mas, no que depender do Vasco, o final tem tudo para ser feliz. Na visão do lateral-esquerdo Julio Cesar, a recuperação do time no Campeonato Brasileiro já daria um ótimo livro. E ele não titubeia ao batizar a obra, que seria campeã de vendas em São Januário: ‘Os sobreviventes’.
O título da capa sugerido por Julio Cesar é adequado. Em campo, o Vasco havia somado apenas 13 pontos no primeiro turno, o ataque alcançado a triste marca de somente oito gols em 19 partidas e nenhum outro time era mais vazado: 31 gols sofridos. A crítica já cravava o rebaixamento e especulava com quantas rodadas de antecedência a queda se confirmaria. Os matemáticos chegaram a prever 99% de risco de degola, mas, contra todos os prognósticos, houve uma mudança de filosofia.
“A chegada do Jorginho foi essencial. É um treinador diferente, humano e do bem. Contribuiu muito para essa nossa retomada. O time o escuta, entendemos o que ele fala. Abraçamos a causa dele. Isso foi determinante. Pela grandeza do Vasco, não podíamos deixar as coisas como estavam”, disse Julio Cesar, que lembrou da superação do grupo após os momentos mais delicados na competição.
“Nosso lado psicológico estava muito abalado. Viramos chacota com o desempenho no primeiro turno e muitos já confirmavam o rebaixamento. Por isso, chegar à última rodada ainda com chances de fugir da Série B já é uma vitória muito grande. Pode até acontecer de a gente cair, mas vamos cair com dignidade. Estamos honrando a grandeza do clube e o Brasil todo está na torcida para continuarmos na Primeira Divisão. Nos últimos 14 jogos perdemos apenas um, em um clássico que poderíamos ter saído com o empate. Quem fez isso na competição? Temos tudo para fazer história”, ressaltou.
Por falar em história, Julio Cesar já imagina uma futura proeza do Vasco exposta em livros nas estantes das melhores lojas do ramo no país. E o conto já tem nome.
“Preferia brigar por título, é mais tranquilo e a valorização é maior. Mas se a gente conseguir escapar do rebaixamento dá para fazer um filme, escrever um livro. Essa história de superação está sendo muito bonita. O nome seria ‘Os sobreviventes’ (risos). Foi guerra atrás de guerra e espero que tudo isso tenha um final feliz”, disse o jogador.
Treino fechado e mistério
Em mais uma tarde de treino com portões fechados em São Januário, o técnico Jorginho iniciou a preparação da equipe para a partida decisiva contra o Coritiba, domingo, no Couto Pereira. Mas quem esperava um esboço do time titular não teve pista alguma ontem. O treinador fez mistério sobre quem vai assumir a vaga de Andrezinho, suspenso.
O volante Bruno Gallo é o favorito para jogar, mas o paraguaio Julio dos Santos, titular no setor durante boa parte da temporada, também aparece como opção. Outro que corre por fora é o zagueiro Rafael Vaz, que atuaria de forma improvisada no setor.
Fonte: O Dia