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Juíza anula votação do Conselho e eleição presidencial do Vasco segue indefi

A juíza Ione Pernes, da 37ª Vara Cível do Rio de Janeiro, concedeu nesta segunda-feira uma Tutela Antecipada impedindo que a votação ocorrida na sessão extraordinária do Conselho Deliberativo do Vasco ocorrida no último dia 19 de março, que garantia um mandato de três anos para o presidente Roberto Dinamite, seja validada. A oposição, que entrou com a ação por meio de Amadeu Pinto da Rocha, Paulo Reis e Fernando Lima, alega que mesa apuradora dos votos, presidida por José Carlos Osório, inverteu a contagem dos votos.

Na ata da reunião do Conselho do Vasco, a votação teria sido 75 a 69 para a situação e o mandato de Roberto Dinamite deveria durar três anos e iria até 2011. Mas para a oposição, o resultado da votação teria sido ao contrário (69 a 75) e novas eleições deveriam acontecer ainda este ano. No processo, a oposição anexou a assinatura dos 75 conselheiros presentes na sessão que teriam votado a favor da eleição este ano.

- Com a decisão, aquela votação não pode ser considerada válida - explicou o advogado Paulo Reis.

Com a decisão da 37ª Vara Cívil, o caos político permanece no Vasco. E a oposição tenta garantir eleições para novembro desde ano. Roberto Dinamite assumiu o Vasco no meio do ano passado após conseguir anular a eleição ocorrida em 2006 alegando fraude. Mas isso só ocorreu após o ex-presidente Eurico Miranda ter cumprido 18 meses do mandato. Com isso, restaria mais um ano e meio. Mas a situação quer que Roberto cumpra integralmente os três anos. E levou o caso para votação no Conselho. Foi quando ocorreu a confusão na contagem dos votos.

No despacho do processo número 2009.001.095897-2, a juíza Ione Pernes considera que após \"o exame da narrativa da inicial e dos documentos a ela acostados, verifica-se que há verossimilhança das alegações dos suplicantes, sem que, por ora, se proceda a uma análise do mérito.\" Além disso, ela considera \"a existência de real controvérsia quanto à duração do mandato, assomado às alegações dos suplicantes de que a Ata de 19.03.2009, não corresponda ao que foi efetivamente deliberado\".

Com isso, a ata da reunião da sessão extraordinária não pode ser apreciada na reunião do Conselho Deliberativo que acontece nesta terça-feira, na sede náutica da Lagoa. E nem mesmo em reuniões subsequentes.

O GLOBOESPORTE.COM tentou contato com o assessor jurídico do Vasco, Luiz Américo, mas ele não atendeu às ligações.

Fonte: ge