Futebol

Jornalista revela pessimismo com as chances do Vasco de fugir do Z4

Convidado do programa Caldeirão Vascaíno, da Rádio Livre 1440 AM,  Rafael Marques, jornalista e repórter da Rádio Globo, analisou o atual momento de crise do Vasco, e se mostrou pessimista quanto à chance do Vasco de se livrar do rebaixamento, tendo em vista a falta de qualidade técnica e a evolução de seus concorrentes diretos na fuga do Z4:

“Na verdade, acho que, como todo mundo, uma dose significativa de apreensão. O futebol tem coisas bem peculiares, é possível do ponto de vista matemático que o Vasco não caia. Se a gente analisar a qualidade do time em si e compará-la aos demais clubes que estão lutando contra o rebaixamento, o Vasco está numa situação tecnicamente inferior a do Criciúma, da Ponte Preta, do próprio Bahia, do Coritiba que estava em queda, da portuguesa, que possui uma campanha surpreendente. O que mais me espanta, independente da qualidade técnica, são vários aspectos, o primeiro deles é a clara falta de comando do Dorival Júnior(ex-técnico) sobre os jogadores, ficou evidente no jogo de ontem. O Vasco não tem um controle técnico e efetivo do time dentro de campo. E a segunda coisa que observei ontem foi que, aos 30 minutos do segundo tempo, houve uma certa soberba e descaso em relação ao jogo, os jogadores estavam autossuficientes  e com excesso de confiança, o momento não permite isso. Era para encarar cada oportunidade de ontem como se fosse a última da carreira de cada um deles, e não percebi isso, vi uma certa acomodação e o momento do Vasco não permite isso. Vejo que o cenário conspira contra, mas vejo que é possível o Vasco escapar do rebaixamento, mas honestamente, provável não é.”

Para Rafael, há um conjunto de responsáveis pela situação crítica vivida hoje pelo clube, e enumerou da seguinte forma:

“Eu acho que é um conjunto, honestamente não conseguiria apontar só um responsável, se pegarmos a campanha do Vasco e dividíssemos como se fosse uma pizza, poderíamos  de repente partir em 4 fatias, dar uma fatia mais grossa para o René Simões, que montou um elenco desqualificado, é bem verdade que não tinha a favor dele um aporte financeiro necessário, mas faltou inteligência técnica, se você não tem dinheiro, tem que ter conhecimento de causa e ele demonstrou que para a função de gestor não tinha o preparo necessário. A gente pode colocar outra fatia significativa para o presidente Roberto Dinamite, que tem como características na sua personalidade a passividade, como presidente passou algum tempo se preparando para ocupar o lugar do Eurico e não passou um minuto sequer para ocupar o lugar dele, mas para tirá-lo. Uma terceira fatia deveria ser dada ao Dorival Júnior porque ele era o comandante, escalava o time, desde que assumiu buscava um padrão de jogo e um esquema tático, mexia muito na equipe, e uma quarta fatia para o Carlos Germano, uma fatia bem menor, e se ele pudesse jogar, a história talvez fosse outra.”

Por: Cesar Augusto Mota
 

Fonte: SUPERVASCO.COM