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Jornalista opina sobre o maior fracasso da passagem de Sá Pinto pelo Vasco

O maior fracasso da passagem de Sá Pinto pelo Vasco é do presidente Alexandre Campello. Foi quem perguntou se o momento certo para demitir Ramon Menezes seria quando o time estivesse na zona de rebaixamento. Ramon caiu depois de perder para o Bahia, quando a equipe estava em décimo lugar. Alexandre Graselli assumiu interinamente e, quando Sá Pinto estreou, já estava em 15o. Hoje é o décimo sétimo.

Campello esperou chegar à zona de rebaixamento para fazer as mudanças necessárias no clube que dirige? A pergunta existe, porque não se trata de um clube sempre brigando por títulos, mas que tem vivido na parte baixa da tabela, entra técnico, sai técnico. Com Luxemburgo, ano passado, terminou em 12o lugar.

Da definição de que os treinadores estrangeiros transformariam o futebol brasileiro às demissões de portugueses e espanhois no intervalo de 15 jogos não durou um ano sequer. Jesualdo Ferreira caiu em julho, após perder a classificação nas quartas-de-final do Campeonato Paulista, para a Ponte Preta. Foram 6 vitórias, 4 empates e 5 derrotas. Quem mede o trabalho de um técnico em quinze partidas?
 

Sá Pinto deixa o cargo após três vitórias, seis empates e seis derrotas. Muito ruins os resultados, sem dúvida. Mas só por causa do técnico?

O mesmo vale para Keisuke Honda. Contratado para ser marketing, ajudou o Botafogo a vender R$ 1 milhão em camisas oficiais em um mês. Mas não existe marketing tão bom quanto ser campeão. Honda tinha quatro partidas pelo Vitesse, em sua última experiência antes de chegar a General Severiano. O passado recente não indicava a contratação, apesar do sucesso no CSKA, da passagem pelo Milan e de ser o único jogador com gol e passe para gol nas últimas três Copas do Mundo.

Assim como Kalou, sua contratação foi mercadológica, não técnica. O mercado do Botafogo é reconquistar torcedores jovens, o que só haverá com conquistas de troféus.

Honda disputou 29 partidas e teve sete treinadores neste período. Exerce a cláusula de rescisão e sai por perceber que o Botafogo tem apenas uma coisa em dia: os salários. É grave quando um clube entende que está cumprindo seu papel por cumprir apenas um item básico e obrigatório.

Quem está errado é o protocolo do futebol brasileiro.

Fonte: Blog do PVC - ge